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Geral

- Publicada em 08 de Abril de 2020 às 10:13

Latrocínio no RS cai 87,5% em março e atinge o menor nível da série histórica

Roubos de veículos recuaram 10% no Rio Grande do Sul em março

Roubos de veículos recuaram 10% no Rio Grande do Sul em março


MARCELO G. RIBEIRO/ARQUIVO/JC
Os casos de latrocínio em todo o Rio Grande do Sul caíram 87,5% na comparação com o mesmo mês em 2019, de oito para um – o menor número para o período em toda a série histórica, iniciada em 2002. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Os casos de latrocínio em todo o Rio Grande do Sul caíram 87,5% na comparação com o mesmo mês em 2019, de oito para um – o menor número para o período em toda a série histórica, iniciada em 2002. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A queda em março colaborou para aprofundar o resultado no acumulado desde janeiro. Houve baixa de 33,3% nos roubos com morte na comparação dos primeiros trimestres do ano passado e deste. Passou-se de 21 ocorrências para 14, também o menor total para o intervalo temporal desde que o governo gaúcho começou a contabilização de crimes no Rio Grande do Sul.
Em Porto Alegre, com um só caso desde o início do ano (ocorrido em fevereiro), o primeiro trimestre fechou com queda de 50% sobre igual período de 2019, quando houve duas mortes durante assaltos (em março). Neste ano, o terceiro mês encerrou sem latrocínios na Capital.
O foco territorial aplicado pelo programa RS Seguro, que intensifica o combate ao crime nos 18 municípios que tinham os maiores índices na última década, influenciou a forte queda de roubos com morte em março no Rio Grande do Sul. Dos sete latrocínios a menos em relação a 2019 no Estado, cinco deixaram de ocorrer em cidades que compõe o grupo priorizado – além dos dois da Capital, um em Pelotas e dois em Caxias do Sul.
Fora desse bloco, os municípios de Farroupilha, São Marcos e Santa Cruz do Sul tiveram um latrocínio cada em março do ano passado e, em igual período de 2020, nenhum. O caso registrado em Bagé, que impediu zerar a contagem desse tipo de crime, fecha a conta.
Homicídios registram queda de 12,5% no trimestre e estabilidade em março
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Após leve alta verificada em fevereiro, o número de vítimas de homicídio voltou ao patamar de estabilidade em março no Rio Grande do Sul. Foram 146 pessoas assassinadas, uma a menos do que no mesmo mês do ano passado (-0,7%) – o menor total para o mês desde 2007, quando houve 136 mortes. No acumulado do trimestre, foi mantida a curva de retração, com 462 óbitos, 12,5% menos do que os 528 ocorridos em igual período de 2019 e a menor soma desde 2011, quando houve 454 vítimas entre janeiro e março.
Outro resultado positivo aparece na leitura dos 18 municípios priorizados pelo RS Seguro. Nesse grupo, o número de homicídios registrou quedas consecutivas em todo o período desde que o programa começou a funcionar, em março de 2019. No mês passado, essas cidades somaram 67 homicídios, uma redução de 26% frente os 91 do mesmo período no ano anterior.
Em Porto Alegre, o terceiro mês de 2020 fechou com 30 assassinatos, dois a mais do que no mesmo intervalo de 2019 (7,1%). Ainda assim, o acumulado no primeiro trimestre atingiu a menor soma desde 2010 – foram 81 vítimas de homicídio desde janeiro, o que também representa queda de 17,3% sobre as 98 de igual recorte no ano passado.
Feminicídios estabilizam em março mas ainda sobem no trimestre
Em março, houve 11 feminicídios, mas, ao contrário de janeiro e de fevereiro, não houve aumento em relação ao ano passado, quando o número de mulheres assassinadas por motivo de gênero foi o mesmo. Entretanto, mesmo com a estabilidade no terceiro mês do calendário, os gaúchos seguem distantes de reverter o cenário negativo no acumulado de feminicídios desde janeiro, com 26 vítimas, alta de 73% em relação às 15 contabilizadas no primeiro trimestre do ano passado.
Roubo de veículo no Rio Grande do Sul reduz 10% em março
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A pandemia do novo coronavírus, pela redução na circulação de pessoas, também teve impacto relativo nos indicadores criminais. Embora as primeiras medidas de restrição à movimentações tenham sido adotadas já na metade da segunda quinzena do mês, com a decretação do estado de calamidade pública em 19 de março, a redução do número de cidadãos nas ruas também diminuiu as chances de assaltos durante o mês.
Um dos principais tipos de crime com potencial para evoluir ao latrocínio, o roubo de veículo no RS teve uma queda de 10% no mês passado em relação a igual período de 2019, passando de 957 casos para 858. Das quase cem ocorrências a menos, 75 deixaram de ocorrer em Porto Alegre, onde as restrições para circulação necessitaram ser mais severas logo no início da quarentena – o total de veículos levados por assaltantes caiu de 426 para 351 (-18%).
Na comparação dos intervalos entre janeiro a março, a retração nos roubos de veículo em todo o Estado chegou a 18,7%, caindo para 2.654 no primeiro trimestre deste ano contra 3.265 no mesmo recorte do ano anterior. A mesma comparação na Capital resultou em redução de 25,8%, com 1.466 casos nos três meses iniciais de 2019 e 1.088 entre janeiro e março de 2020.
Trimestre fecha com recuo de 43,2% em roubos a transporte coletivo 
O primeiro trimestre de 2020 ainda encerrou com quedas significativas em outros dois importantes indicadores de criminalidade: os roubos a transporte coletivo e os ataques a banco (somando ocorrências de furto e de roubo).
Houve 16 ações criminosas contra instituições financeiras no Estado entre janeiro e março, o que representa retração de 42,9% em relação às 28 registradas no mesmo período do ano passado. Em Porto Alegre, a diminuição foi de 100%. Enquanto houve oito ataques a banco na Capital no primeiro trimestre de 2019, a cidade não teve nenhum registro do tipo no mesmo intervalo neste ano.
Nos roubos a transporte coletivo, somando ações contra passageiros e profissionais que trabalham em ônibus e lotações no RS, a baixa no trimestre foi de 43,9%, com as 607 ocorrências nos três primeiros meses do ano passado caindo para 345 neste ano.
Só em Porto Alegre, foram quase cem casos a menos – os 185 assaltos a coletivos entre janeiro e março representam queda de 33,5% frente aos 278 registrados no mesmo período de 2019.
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