Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 05 de Março de 2020 às 18:20

Cpers aponta falta de professores e bibliotecas fechadas nas escolas estaduais

Neste início de ano letivo, sindicato já contabiliza a falta de 343 professores

Neste início de ano letivo, sindicato já contabiliza a falta de 343 professores


EDUARDO SEIDL/PALÁCIO PIRATINI/JC
Um levantamento parcial realizado pelo Cpers, contando com dados de 227 escolas estaduais, mostra um quadro preocupante no início do ano letivo do Rio Grande do Sul: faltam professores e funcionários.
Um levantamento parcial realizado pelo Cpers, contando com dados de 227 escolas estaduais, mostra um quadro preocupante no início do ano letivo do Rio Grande do Sul: faltam professores e funcionários.
O Levantamento de Necessidades das Escolas Estaduais foi lançado no dia 2 de março e conta com informações coletadas via formulário on-line preenchido por diretores e funcionários de escolas. “Embora a amostra represente menos de 10% do total de instituições, os dados já permitem vislumbrar um quadro caótico. O ano letivo iniciou com falta expressiva de recursos humanos, carências estruturais graves, fechamento de turnos e turmas e enxugamento generalizado”, afirma o sindicato dos professores.
O sindicato já contabiliza a falta de 343 professores. Além disso, há carência de 338 funcionários e 190 especialistas. O levantamento também registra mais de 100 escolas com bibliotecas fechadas, 76 sem laboratório de informática operacional e 89 com problemas estruturais ou obras pendentes.
Conforme o secretário estadual de Educação, Faisal Karam a falta de bibliotecários na rede púbica gaúcha se dá em razão da a falta de condições para que os profissionais sejam contratados. “O Estado não possui bibliotecários. O que tínhamos sempre eram professores fazendo complementação de carga horária dentro da biblioteca, não trabalhando com o aluno. Ficando sentado em uma cadeira à espera de alunos. Isso não inviabiliza nem fecha bibliotecas. Pelo contrário. O professor que quer trabalhar com a biblioteca, leva seus alunos e faz a sua aula dentro da biblioteca. O Estado não tem hoje condições de abrir um concurso público. Não tem como ter 2.467 pessoas, tendo uma em cada biblioteca”, diz Karam.
Conforme o gestor, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) trabalha para iniciar um processo de seleção por meio de concurso público que também irá contemplar a contratação de bibliotecários. “Estamos buscando alternativas para isso. Mas nada inviabiliza que o professor pegue sua turma e leve para a biblioteca. Isso é uma questão de disciplina do próprio educador”, afirma.
A respeito da carência de professores, o secretário afirma que quem solicita os educadores é a direção da escola para a coordenadoria regional. “Isso vai para a coordenadoria que pede para a Seduc a liberação. É assim que funciona. Se a escola não pedir o professor, a secretaria não sabe. A ação é da direção da escola.”
O secretário também criticou a realização de atividades extracurriculares que, em sua visão, não agregam pedagogicamente e tiram professores das salas de aula. “A escola tem de aproveitar todo o recurso que tem disponível. Não adianta ter professores em projetos de horta, projetos de pets. Queremos saber que tipo de projeto é feito na escola, qual o resultado pedagógico para o aluno. Sempre coloco um exemplo: fazer horta, qualquer um faz. Não quero que tenha horta na escola, que o aluno aprenda a plantar alface, repolho, não interessa. Quero que ele tenha a horta e essa horta interagindo com Matemática, com Português, com Física e Química. Não somente preparar a terra, botar a alface e regar. Isso ele faz em casa. Não precisa de professor para isso”, aponta.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO