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Geral

- Publicada em 05 de Março de 2020 às 15:33

Possível fechamento de setor Materno-Infantil do Hospital São Lucas mobiliza médicos e estudantes

Reunião de estudantes, médicos e servidores trata dos impactos e reações ao fechamento do serviço

Reunião de estudantes, médicos e servidores trata dos impactos e reações ao fechamento do serviço


SIMERS/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
A possibilidade de fechamento do setor Materno-Infantil do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica (Pucrs) está mobilizando médicos e estudantes de Medicina da instituição. A notícia não foi confirmada pela universidade, mas desde a tarde de quarta-feira (4) a diretoria do hospital vem comunicando servidores e chefias do setor de obstetrícia e ginecologia da intenção de transferir partos e atendimentos para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV), que pertence ao município, em um prazo de 60 dias.
A possibilidade de fechamento do setor Materno-Infantil do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica (Pucrs) está mobilizando médicos e estudantes de Medicina da instituição. A notícia não foi confirmada pela universidade, mas desde a tarde de quarta-feira (4) a diretoria do hospital vem comunicando servidores e chefias do setor de obstetrícia e ginecologia da intenção de transferir partos e atendimentos para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV), que pertence ao município, em um prazo de 60 dias.
Alertada por servidores e alunos, a diretoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) acompanhou nesta quinta-feira (5) as mobilizações de profissionais e estudantes, surpreendidos com a notícia, e reuniu-se com a direção do São Lucas para esclarecer a questão. “O que ocorre, de uma forma atrapalhada, é o vazamento de uma negociação que inclui a transferência de parte do ensino e do atendimento materno-infantil para o Presidente Vargas. Eles disseram a professores e chefias que o processo estaria avançado e aconteceria em 60 dias”, alerta o presidente do Simers, Marcelo Matias.
Questões financeiras e a necessidade de redução de custos estariam por trás da decisão da Pucrs em transferir os serviços para o hospital municipal. Por meio de nota, a universidade não confirma o fechamento do setor nem a cessão dos serviços, mas afirma que o São Lucas está passando por um amplo movimento de reposicionamento e que “as transformações, previstas para ocorrer em 2020, estão embasadas em estudos sólidos realizados nos últimos dois anos, com a participação de consultorias especializadas, contratadas pela entidade mantenedora do HSL”. Segundo o texto, “tão logo os projetos sejam finalizados, serão divulgadas com total transparência para a comunidade”.
A Secretaria da Saúde de Porto Alegre não quis se manifestar a respeito, mas afirma que a o contrato do município com o São Lucas está em fase de renovação. Para o presidente do Simers, a medida afeta não apenas os profissionais e alunos da instituição, mas compromete diretamente a qualidade do serviço prestado à população de Porto Alegre. “Cerca de 75% dos atendimentos do São Lucas são pelo SUS. Fechando a maternidade deixariam de fazer 150 partos pelo SUS e 50 por meio de outros convênios por mês”, comenta Matias.
Além disso, a estrutura do HMIPV não estaria preparada para absorver a demanda, que exigiria um planejamento a longo prazo, ampliação da estrutura técnica e do número de profissionais, segundo ele. “Qualquer mudança precisa trazer garantia da manutenção da qualidade do atendimento à população e, dessa forma, o São Lucas estaria colocando em xeque o futuro do atendimento materno-infantil à população de Porto Alegre”, reforça o dirigente do Simers.
O assunto chegou aos alunos de Medicina da Pucrs e residentes que atuam no São Lucas na manhã desta quinta-feira (5). Surpresos, muitos tentavam confirmações com professores e chefes dos serviços de obstetrícia e ginecologia. Um grupo liderado pelo Diretório Acadêmico do curso chegou a realizar manifestações contra a medida, a divulgar cartazes nas redes sociais e uma petição eletrônica foi lançada, sob o título “Salve a materno-infantil do HSL Pucrs”. Para esta sexta-feira (6), às 7h45min, os estudantes planejam um grande ato contra a medida, que ocorrerá em frente à reitoria da Pucrs.
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