Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 03 de Março de 2020 às 18:09

EPTC prepara nova tarifa dos ônibus de Porto Alegre

Reajuste pedido pelas empresas elevaria a tarifa dos atuais R$ 4,70 para R$ 5,20

Reajuste pedido pelas empresas elevaria a tarifa dos atuais R$ 4,70 para R$ 5,20


LUIZA PRADO/JC
Juliano Tatsch
Os usuários do sistema de ônibus de Porto Alegre ainda convivem com a incerteza a respeito de quanto irão pagar pela tarifa quando cruzarem a roleta na maior parte deste ano. Um dos pontos que precisavam ser previamente definidos para que o cálculo do novo valor fosse realizado e apresentado à população foi concluído na sexta-feira passada. Os trabalhadores rodoviários, reunidos em assembleia, aceitaram a proposta de dissídio coletivo apresentado pelas empresas de ônibus. Assim, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já conta com todas variáveis que influem no preço final a ser pago pelo passageiro.
Os usuários do sistema de ônibus de Porto Alegre ainda convivem com a incerteza a respeito de quanto irão pagar pela tarifa quando cruzarem a roleta na maior parte deste ano. Um dos pontos que precisavam ser previamente definidos para que o cálculo do novo valor fosse realizado e apresentado à população foi concluído na sexta-feira passada. Os trabalhadores rodoviários, reunidos em assembleia, aceitaram a proposta de dissídio coletivo apresentado pelas empresas de ônibus. Assim, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já conta com todas variáveis que influem no preço final a ser pago pelo passageiro.
Em uma assembleia contestada por parte da categoria e que não contou com a presença do presidente do sindicato, os rodoviários aceitaram um reajuste de 4,3%. O vale-alimentação não será reajustado e as empresas assumiram o compromisso de manter os cobradores nos coletivos.
A partir da definição do dissídio dos trabalhadores, a EPTC deu início a realização do cálculo da tarifa, que, além do custo com pessoal, leva em consideração outros fatores, como preço do diesel, peças, lubrificantes, acessórios, despesas administrativas, depreciação de capital, lucro das empresas, impostos e remuneração de capital (corresponde ao lucro que as empresas deixam de ter ao não aplicar os recursos próprios em outro negócio e não no transporte). As empresas solicitaram um reajuste dos atuais R$ 4,70 para R$ 5,20. Quando do anúncio do pacote de projetos para o transporte, a prefeitura garantiu que esse não será o novo valor.
O governo não precisa aguardar o resultado da votação dos projetos que foram enviados à Câmara Municipal com vistas a reduzir o preço da passagem. O primeiro deles, que pretendia reduzir o número de cobradores, já foi votado e derrotado. No entanto, o Executivo pode utilizar a definição da última pendência – dissídio dos rodoviários – como forma de pressão para acelerar a apreciação das propostas por parte dos vereadores. “A prefeitura municipal informa que já tem os elementos necessários para prosseguir com o cálculo sobre a tarifa de transporte público da capital. (...) No entanto, segue a expectativa de aprovar o pacote de projetos de lei, denominado Transporte Cidadão, enviado à Câmara Municipal em janeiro. Caso contrário, o índice de reajuste e o valor da tarifa podem ser os mais altos do país”, diz o governo em nota.
No dia 12 de fevereiro, o Executivo recomendou às empresas que não concedessem aumento aos trabalhadores em 2020. Na ocasião, a prefeitura afirmou que “o custo da mão de obra (motoristas e cobradores) do transporte coletivo da Capital já é o segundo maior do país”. Além disso, disse que esse item representa quase 50% do valor da tarifa e que “os motoristas ganham 20% a mais que a média nacional e os cobradores têm remuneração até 29% superior a outras cidades brasileiras”.
As empresas afirmam que, com o aumento salarial dos trabalhadores, acentua-se a crise do sistema, na medida em que, como a data-base dos rodoviários é 1º de fevereiro, terão de pagar os valores retroativos. Conforme a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), o prejuízo em fevereiro já chega a R$ 5 milhões.
Após a finalização do cálculo e divulgação do preço final, a planilha de custos será analisada pelo Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu). Se seguir a tendência histórica, o conselho deve aprovar o valor proposto pela prefeitura, na medida em que nunca rejeitou um pedido de reajuste nas tarifas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO