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Geral

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2020 às 18:51

Hospital veterinário erguido por Grendene terá atendimento privado até abril

Usav continuará com o propósito de controle populacional de animais de rua

Usav continuará com o propósito de controle populacional de animais de rua


Fotos: LUIZA PRADO/JC
Fernanda Soprana
A Unidade de Saúde Animal Victória (Usav), hospital veterinário erguido pelo empresário Alexandre Grendene e mantido pela prefeitura de Porto Alegre, vai passar por mudanças a partir de abril. A transferência da gestão para uma organização social foi o caminho buscado pelo município para abrir o atendimento a casos privados e reduzir a ociosidade, hoje de 65% da estrutura.
A Unidade de Saúde Animal Victória (Usav), hospital veterinário erguido pelo empresário Alexandre Grendene e mantido pela prefeitura de Porto Alegre, vai passar por mudanças a partir de abril. A transferência da gestão para uma organização social foi o caminho buscado pelo município para abrir o atendimento a casos privados e reduzir a ociosidade, hoje de 65% da estrutura.
Hoje a instituição só atende animais abandonados e de famílias em vulnerabilidade social ligados a programas na rede da prefeitura, que serão mantidos. Com a ampliação para serviços privados, não haverá mais restrição à residência dos donos dos animais.
Um chamamento público, que vai até esta sexta-feira (14), seleciona uma organização da sociedade civil para assumir a operação. "A entrega da documentação deve ser realizada até 18 de fevereiro. Levando em conta a análise da documentação e a possibilidade de concorrência, até final de março ou início de abril já começamos a operar", afirma o diretor-geral dos direitos dos animais, Bruno Wagner.
O hospital veterinário, que teve investimento de R$ 7 milhões de Grendene e que recebeu o nome da filha do empresário Victória, oferece serviços gratuitos apenas a residentes de Porto Alegre que precisam apresentar comprovante de inscrição no Programa Bolsa-família ou o Número de Identificação Social (NIS).
“De manhã, realizamos os procedimentos de esterilização, e à tarde acontecem os atendimentos clínicos. Nas quartas-feiras, os serviços são voltados para protetores de animais cadastrados no município. Os outros dias úteis são voltados à população que leva seus animais", explica Wagner.
A ociosidade - apenas 35% de toda a estrutura é aproveitada -, é uma das razões para ampliar o perfil de atendimentos. O edital de chamamento público inclui a contratação de profissionais, o que vai garantir o aumento das especialidades clínicas, o atendimento privado e outras medidas. Wagner assegura que o hospital se manter fiel ao atendimento à população de baixa renda que tem seus animais de estimação.

Aumento das especialidades clínicas

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A Unidade de Saúde Animal Victória trabalha com 65% de ociosidade atualmente.
Atualmente, a unidade trabalha primariamente com castrações e procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade. O edital também prevê menor custo de manutenção pela prefeitura, ao lado do aumento o aproveitamento da estrutura pela cobrança de serviços. "O custo anual hoje é em torno de 3,5 milhões. O edital prevê R$ 3,155 milhões para a parceirização. Assim, diminuiu o gasto (público) e aumenta o serviço", afirma o diretor-geral.
O foco da unidade é a esterilização, mas também são realizadas algumas cirurgias não eletivas, como remoção de tumores. A mastectomia, que é a remoção dos tumores de mama, tem custo de R$ 200,00, e a castração de uma cadela fêmea de 15 quilos é R$ 50,00. "Quando fazemos uma mastectomia, poderíamos estar fazendo quatro castrações. Por isso, focamos na prevenção. Se fizermos a extração precoce, os tumores são evitados", explica a coordenadora de saúde animal da Usav, Brunna Barni.
A intenção é ter aproveitamento máximo da unidade. “Teremos consulta de oncologia, traumatologia e ortopedia, por exemplo, que é uma demanda muito grande e não oferecemos porque o custo é muito elevado. Vamos começar a realizar exames de raio-x e de laboratório. Temos toda essa estrutura aqui e não damos conta de utilizar. Também vamos oferecer quimioterapia e sorologia”, diz Wagner.

Atendimento mais abrangente

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Com a mudança de perfil, não somente haverá serviços particulares como o atendimento gratuito será ampliado.
Com a terceirização dos serviços, será ampliado o atendimento gratuito, assegura a gestão. Pessoas com com renda de até três salários mínimos poderão levar um atestado dos Centros de Relações Institucionais e Participativas (CRIPs) para ter acesso aos procedimentos clínicos.
O atendimento privado permitirá que moradores de Porto Alegre e outras cidades possam acessar a estrutura. Com isso, a restrição que havia a residentes de Viamão, município vizinho à área onde fica a Usav, acaba. "Tudo que entrar de verba do atendimento privado será revertido para os procedimentos do município. Como é uma doação, não tem como ser diferente", diz o diretor-geral. "Também há a possibilidade de uma parceirização com outra prefeitura, porque estamos no município de Viamão.”
Wagner diz que os preços dos serviços devem ser mais baixos devido à composição entre os recursos  públicos e da gestão terceirizada. “A folha de pessoal é alta, praticamente a metade dos R$ 3,5 milhões. Todas as operações serão terceirizadas. Então, o serviço vai aumentar por causa disso”, explica Wagner.

Compromisso com o controle populacional

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Após a esterilização, realizada no período da manhã, os animais recebem os cuidados da unidade até serem buscados pelos tutores. 
A esterilização é o procedimento mais realizado na unidade e o propósito da unidade. “Os municípios precisam ter programas de castração para controle populacional de cães e gatos. O atendimento que Porto Alegre faz é um ‘plus’. Não existe essa obrigatoriedade”, explica Brunna Bardi.
Em 2019, foram realizadas 4.630 esterilizações na Usav. Hoje, a média mensal é de 380. "Com a parceirização, a expectativa é chegar a quase 8 mil esterilizações", diz Wagner. A solicitação é feita pelo telefone 156 e é levado em consideração a disponibilidade da pessoa. Mesmo com a triagem, 20% dos donos não comparecem, informa Wagner. "Às vezes, ficamos ociosos. Temos capacidade para 30 cirurgias e fazemos 15."
Na realização de outras especialidades clínicas, a castração também será incluída, caso o animal ainda não tenha sido esterilizado. "O nosso foco é a esterilização. O animal que vai para a cirurgia e vai ser anestesiado, então já vai ser realizada a castração. É um jeito de tentar educar um pouco mais a população", diz Brunna.
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A capacidade do albergue vai aumentar para casos emergenciais de resgate.
A Usav conta com um albergue temporário de capacidade para 80 animais. O edital, além de aumentar o número de boxes para cem, inclui a possibilidade de apadrinhamento e hospedagem. "Se a pessoa quer ter um animal e não tem onde deixar, ela poderá pagar pra deixar aqui", diz Wagner.  
O diretor-geral diz que a equipe da unidade já lidou com o abandono de animais e a superlotação do albergue. "Por causa de uma ação do Ministério Público, já ficamos com 300 cães. Com trabalhos de mídia, conseguimos reduzir para 70. Mas os animais que temos aqui são oriundos de maus tratos e pessoas acumuladoras. São animais bem idosos que não têm perfil para adoção, o que gera um custo", explica. 
Desde 2017, fazemos a captura, castração e devolução no local de origem, quando há um responsável. Não adianta recolher e depositar aqui na unidade, porque do lado de fora os animais vão seguir se reproduzindo, e os aqui de dentro vão estar em condições muito piores", afirma Brunna. O aumento da capacidade do albergue é uma medida de segurança custeada pela prefeitura para casos de emergência. 
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