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Geral

- Publicada em 29 de Janeiro de 2020 às 20:39

Situação das lotações será tratada depois, diz prefeitura de Porto Alegre

Modal tem tarifa vinculada ao valor da passagem de ônibus

Modal tem tarifa vinculada ao valor da passagem de ônibus


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Juliano Tatsch
As cinco propostas protocoladas pela prefeitura de Porto Alegre na Câmara Municipal com vistas a reduzir o valor da passagem de ônibus da cidade afetam diretamente outro modal de transporte coletivo da Capital. Com tarifa atrelada ao valor dos ônibus, o sistema de lotações hoje cobra R$ 6,60 de cada passageiro e será impactado se as mudanças indicadas pelo Executivo avançarem.
As cinco propostas protocoladas pela prefeitura de Porto Alegre na Câmara Municipal com vistas a reduzir o valor da passagem de ônibus da cidade afetam diretamente outro modal de transporte coletivo da Capital. Com tarifa atrelada ao valor dos ônibus, o sistema de lotações hoje cobra R$ 6,60 de cada passageiro e será impactado se as mudanças indicadas pelo Executivo avançarem.
O custo da passagem das lotações é regido por lei municipal, que determina que ela deva ser entre 1,4 a 1,5 vezes a quantia da tarifa do ônibus. O sistema de lotações é diferente do de ônibus. No caso do transporte seletivo, operam pequenos permissionários, com uma ou duas linhas somente. No ano passado, a categoria se mobilizou para evitar o reajuste para R$ 6,60, que, segundo eles, tornava o modal pouco atrativo, principalmente com a concorrência dos aplicativos de transporte individual. Porém, o valor se manteve.
O secretário extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, diz que o foco do governo no momento é o sistema de ônibus. Assim, as questões envolvendo as lotações serão tratadas posteriormente. "O sistema continua como está hoje. Temos de nos reunir com as lotações logo em seguida. Continua mantida a relação (entre a tarifa de ônibus e a da lotação), mas podemos trazer a lotação para a conversa e ver como avançar também em relação a esse modal", observa.
Outro ponto do pacote de projetos diz respeito à legalidade das propostas, principalmente da que termina com o vale-transporte e institui a cobrança de uma taxa das empresas por cada trabalhador com carteira assinada, o que resultaria no passe livre para todos os trabalhadores formais da cidade - a taxa de mobilidade urbana (Projeto de Lei Complementar do Executivo 02/20). No projeto encaminhado à Câmara de Vereadores e que já pode ser votado hoje, o valor da taxa é de R$ 116,00 por empregado com carteira assinada, sendo reajustada anualmente.
O vale transporte é regulamentado por uma lei federal (nº 7.418, de 1985) que determina a antecipação do valor para o deslocamento do trabalhador para o trabalho. Assim, como a proposta municipal mexeria no direito garantido por uma lei federal, poderia incidir em uma ilegalidade e ser contestada na Justiça. Tortoriello admite a possibilidade de a questão vir a ser judicializada, mas garante que estudos jurídicos feitos pela prefeitura apontam a proposição como legal. "Estudos foram feitos, existe uma previsão legal. Não estamos trabalhando com base na lei do vale-transporte. Agora, como tudo no Brasil, existe o risco de ser questionado. A Justiça está aí para isso." A cobrança de uma taxa das empresas foi duramente criticada pelo vice-prefeito, Gustavo Paim, que chamou o pacote com os cinco projetos de lei de "antidesenvolvimentista".
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