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Geral

- Publicada em 26 de Janeiro de 2020 às 19:07

Chega a 44 número de mortos com chuvas em Minas Gerais

Na Vila Bernardete, em Belo Horizonte, um deslizamento de terra soterrou cinco casas

Na Vila Bernardete, em Belo Horizonte, um deslizamento de terra soterrou cinco casas


DOUGLAS MAGNO/AFP/JC
Em boletim divulgado às 18h deste domingo (26), a Defesa Civil de Minas Gerais informou que subiu para 44 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira (24).
Em boletim divulgado às 18h deste domingo (26), a Defesa Civil de Minas Gerais informou que subiu para 44 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira (24).
O órgão também informou que 12 pessoas estão feridas e outras 19 desaparecidas. Ao todo, 13.887 pessoas estão desalojadas e 3.354 desabrigadas.
A maior parte das vítimas foi registrada na região metropolitana de Belo Horizonte: foram 14 vítimas na capital, seis em Betim, cinco em Ibirité e uma em Contagem.
Também foram registradas vítimas nas cidades de Alto Caparaó, Alto Jequitibá, Divino, Luisbrugo, Manhaçu, Pedra Bonita, Santa Margarida, Tocantins, Simonésia e Carangola.
Em Belo Horizonte, cinco mortes foram registradas no bairro Jardim Alvorada. Quatro delas eram da mesma família: uma mulher e três crianças. Outras duas mortes aconteceram na Vila Bernadete, em uma região conhecida como Barreiro, após um deslizamento ter soterrado cinco casas no início da noite desta sexta-feira (24).
As chuvas também causaram transtornos na capital mineira. A força da água fez bueiros estourarem na Avenida dos Andradas, causando um efeito chafariz. Por baixo do concreto corre o leito do rio das Arrudas.
Em Ibirité, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, quatro pessoas morreram após o deslizamento de uma encosta.
Três vítimas foram identificadas pelo Corpo de Bombeiros: uma mulher adulta, um menino de seis anos e um bebê de cerca de seis meses - a mulher era mãe do bebê e foi achada com ele nos braços.
Em Betim, também na Grande BH, um deslizamento atingiu duas casas, matando três adultos e uma criança. Em uma das casas, um homem estava sozinho. Na outra, havia um casal e o filho.
De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o índice pluviométrico registrado entre 9h desta quinta-feira (23) e 9h desta sexta-feira (24) chegou a 178,8 milímetros. É o maior registro na história da capital mineira em um século de medições.
Belo Horizonte e a região metropolitana da capital registraram acumulado entre 240 mm e 250 mm de chuva em janeiro, segundo o Instituto Mineiro de Gestão de Águas. A previsão é que entre as 19h desta sexta e as 7h de sábado chova aproximadamente outros 100 milímetros.
Ao todo, 58 municípios de Minas Gerais registraram danos com as chuvas. Destes, 47 tiveram estado de emergência reconhecido pelo governo mineiro.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, fez um sobrevoo sobre áreas atingidas pela chuva neste domingo (26) e reuniu-se com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), além de prefeitos de outras sete cidades do interior.
Em entrevista à imprensa, o ministro afirmou que o governo federal possui R$ 90 milhões disponíveis para ações emergenciais na conta da Defesa Civil. A liberação dos recursos, contudo, acontecerá de acordo com as demandas do governo estadual e prefeituras.
"Neste momento, o mais importante é fazer com que a burocracia não impeça que os recursos cheguem aos municípios atingidos", afirmou Canuto.
O governo federal também vai antecipar o pagamento do Bolsa Família e liberar o saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para os atingidos pela chuva.
O governador Romeu Zema (Novo) lamentou a perda de vidas e afirmou que o volume de chuvas que caiu no estado nos últimos dias foi fora do normal: "A quantidade de chuvas foi a maior da história".
Ele ainda afirmou que unidades da polícia e do Corpo de Bombeiros do estado estão disponíveis para receber doações de alimentos não perecíveis, colchões, lençóis, material de limpeza e produtos de higiene.
Após o atendimento emergencial, o governo deverá atuar em obras de infraestrutura para minimizar os riscos de desabamentos e deslizamentos de terra. "Precisamos de políticas públicas consistentes e de longo prazo que venham eliminar essas situações de risco", afirmou o governador.
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