A espuma branca que apareceu nas águas do Rio Taquari entre os dias 11 e 12 de janeiro e que trouxe preocupação para muitos moradores pode ter sido ocasionado pelo baixo volume hídrico em decorrência do período de estiagem no Rio Grande do Sul, o que teria resultando em uma concentração maior de poluentes.
Na última sexta-feira (24), a Divisão de Fiscalização ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou o resultado da análise da água do Rio Taquari, que não identificou nenhum tipo de atividade específica causadora da poluição. Segundo o laudo, as manchas podem se tratar de uma ocorrência pontual ou difusa, não sendo observada continuidade dos fatos.
De acordo com a bióloga do serviço de emergência ambiental da Fepam, Cleonice Kazmirczak, as equipes da fundação percorreram os 80 quilômetros do rio, em todo o trajeto, desde Roca Sales e Encantado, no Vale do Taquari, até a divisa entre Bento Gonçalves e Cotiporã, na Serra.
Conforme informação divulgada pela Fepam, foram encontradas manchas, porém com menor densidade do que a relatada pela população, sem registro de mortandade de peixes, nem presença de odores. A ação foi realizada no dia 16 de janeiro, quando a equipe de emergência tomou conhecimento oficialmente após receber informações do Ministério Público.
A Fepam informou que mobilizou a sua equipe em duas frentes de trabalho para verificar a denúncia. Uma por terra, para realização de coletas de amostras de água e outra por ar, em conjunto com o Grupamento Aéreo da Brigada Militar e a Defesa Civil, para visualização de pontos com incidência de espuma e possíveis origens.