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Geral

- Publicada em 08 de Janeiro de 2020 às 03:00

Abandono da Praça Júlio de Castilhos incomoda moradores de Porto Alegre

Chafariz da Praça Júlio de Castilhos, na Capital, teve peças roubadas

Chafariz da Praça Júlio de Castilhos, na Capital, teve peças roubadas


/MARCO QUINTANA/JC
Um espaço aberto iluminado, com bancos, árvores, flores e um grande chafariz. É assim que os moradores lembram da antiga aparência da Praça Júlio de Castilhos, localizada no bairro Independência, em Porto Alegre. Há mais ou menos três anos, porém, a imagem de quem visita a esquina da rua 24 de Outubro com a Ramiro Barcelos é diferente: plantas secas e mal cuidadas, pintura descascada e um chafariz fora de funcionamento. Moradores e comerciantes reclamam que a praça está suja, perigosa e completamente abandonada.
Um espaço aberto iluminado, com bancos, árvores, flores e um grande chafariz. É assim que os moradores lembram da antiga aparência da Praça Júlio de Castilhos, localizada no bairro Independência, em Porto Alegre. Há mais ou menos três anos, porém, a imagem de quem visita a esquina da rua 24 de Outubro com a Ramiro Barcelos é diferente: plantas secas e mal cuidadas, pintura descascada e um chafariz fora de funcionamento. Moradores e comerciantes reclamam que a praça está suja, perigosa e completamente abandonada.
A Praça Júlio de Castilhos faz parte da realidade dos porto-alegrenses desde 1890. Desde 1995, por meio de termo de adoção, é de responsabilidade do Hospital Moinhos de Vento (HMV). Naquele ano, passou por revitalização e, desde então, segundo informou o hospital, em nota, "realiza a limpeza diária do local e manutenção periódica por meio de contrato com empresa terceirizada."
Recentemente o chafariz foi vandalizado e peças foram roubadas. A reposição dos itens está sendo providenciada pelo hospital.
Em datas comemorativas, os moradores lembram que o espaço era decorado e recebia apresentações artísticas. Segundo nota enviada pelo HMV, "a programação de Natal passou a ser feita dentro do Hospital, para evitar transtornos para o trânsito e para garantir a participação também de pacientes e colaboradores."
Recentemente, a praça passou alguns meses sem iluminação. "Tivemos que ir até a Câmara Municipal implorar para que ligassem a luz novamente. Falaram que cortaram a luz para redução de custos. Ficou muito perigoso. Na praça inteira, éramos a única fonte de luz", afirma Tatiana Scheffer, funcionária do carrinho de cachorro-quente Dog do Formiga, localizado em uma das esquinas da praça. Ela conta, também, que aumentou muito o número de pessoas em situação de rua que habitam o local. "O abandono da praça diminuiu muito o movimento. Notamos que quando os moradores de rua não estão aqui, temos mais clientes. As pessoas se sentem coagidas por eles, que ficam pedindo dinheiro ou comida."
O dono do Mini Mercado Progresso, na rua Ramiro Barcelos, também percebe o aumento no número de pessoas em situação de rua. Reni Sgarabotto afirma que os moradores não frequentam mais a praça. "Quem vem aqui são pessoas de outros bairros, que precisam ir em algum dos hospitais e matam tempo na praça. Os moradores não vêm mais para tomar chimarrão e conversar", relata. Ainda que a situação esteja ruim, Reni, que trabalha no mesmo local há 32 anos, afirma que antes da adoção do HMV era bem pior. Em relação as pessoas em situação de rua, o hospital afirmou que "não pode realizar a abordagem ou realocação, pois trata-se de problema social de responsabilidade do poder público municipal".
Desde novembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) está seguindo um cronograma de limpeza e revitalização das mais de 600 praças de Porto Alegre. Como a Praça Júlio de Castilhos foi adotada pela iniciativa privada, a instituição adotante é responsável pela limpeza, conservação e manutenção do local. A SMSUrb prometeu o conserto das calçadas para o segundo semestre de 2020. 
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