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- Publicada em 05 de Dezembro de 2019 às 18:59

Contra pacote de Leite, categorias militares planejam fechar quartéis e operação padrão

Servidores da BM e Bombeiros fizeram manifestações nas ruas e se concentraram na área do Piratini

Servidores da BM e Bombeiros fizeram manifestações nas ruas e se concentraram na área do Piratini


NÍCOLAS CHIDEM/JC
As categorias militares do Estado definiram um conjunto de ações de mobilização para pressionar pela retirada do pacote do governo Eduardo Leite (PSDB) que altera regras da carreira, previdência e tempo de serviço. O Legislativo está examinando as propostas. Os militares ligados à Brigada Militar e aos Bombeiros e esposas dos servidores fizeram caminhada pelo Centro de Porto Alegre e ato em frente ao Palácio Piratini nesta quinta-feira (5).
As categorias militares do Estado definiram um conjunto de ações de mobilização para pressionar pela retirada do pacote do governo Eduardo Leite (PSDB) que altera regras da carreira, previdência e tempo de serviço. O Legislativo está examinando as propostas. Os militares ligados à Brigada Militar e aos Bombeiros e esposas dos servidores fizeram caminhada pelo Centro de Porto Alegre e ato em frente ao Palácio Piratini nesta quinta-feira (5).
Assembleia em frente ao Piratini aprovou medidas que vão de fechamento surpresa de quartéis à operação padrão quando houver problemas com viaturas e equipamentos precários, como coletes balísticos vencidos. Nestes casos, os militares serão orientados a não irem para as ruas. Operações padrão começam no dia 16. A Operação Surpresa Fecha Quartel, como as entidades estão chamando, é prevista para ser ativada no dia 17.
Os cerca de 13 mil participantes do ato, segundo as associações das categorias, deliberaram em votação simbólica que os militares não consideram o governador Eduardo Leite como seu comandante, "por ter convicção de que o governador não possui força e honra para comandar entidades tão importantes como o Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar", informaram por nota.
Os servidores fizeram passeata por avenidas próximas ao Centro no fim da manhã em direção à Praça Brigadeiro Sampaio, localizada em frente ao Gasômetro, em Porto Alegre, de onde as categorias saíram rumo ao Piratini. O percurso seguiu pela avenida Borges de Medeiros, o que gerou mais lentidão no trânsito. No fim da tarde, tiveram audiência com o presidente da Assembleia Legislativa, Luis Augusto Lara. 
O coordenador geral adjunto da Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (ABERGS), tenente-coronel Ederson Carlos Franco da Silva, diz que os servidores são contrários às medidas do governador, principalmente aquelas que mudam regras sobre a composição da remuneração, gerando redução dos vencimentos, aumentam a alíquota da previdência para faixas mais elevadas e alteram o tempo de serviço.
“Percebemos que há condição de conversa, mas o governador exclusivamente encaminhou o pacote de medidas. As propostas do governo são inconstitucionais e quem vai sofrer as consequências é a população”, afirmou Silva. O presidente estadual da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM), Aparício Costa Santellano, não descarta a possibilidade de paralisação. "Tudo dependerá do governo. Vamos deliberar em frente ao palácio", projetou Santellano.
Por lei, a Brigada Militar é o único órgão que não pode realizar uma paralisação, que poderia ser convocada pela Associação Recreativa Cultural e Beneficente das Esposas dos Policiais Militares e Policiais Femininas do Nível Médio do Rio Grande do Sul (AESPPOM/RS). Esposas de policiais bloquearam entradas de quartéis em 2015 em protesto ao parcelamento de salários que foi instaurado pelo ex-governador José Ivo Sartori. Já são mais de 46 meses de parcelamentos. “Estamos dispostas a fazer isso de novo. Temos coragem para ir ao extremo para defender nossa família”, afirmou a presidente da entidade, Claudete Valau. 
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