O Ministério da Saúde divulgou na sexta-feira o novo Boletim Epidemiológico 2019 HIV/Aids que apresenta a situação da epidemia da infecção no País. O documento reforça o grave quadro do Rio Grande do Sul e, especialmente, de Porto Alegre. No entanto, junto com as más notícias, veio uma boa: a capital gaúcha não é mais a líder nacional na taxa de detecção de HIV/AIDS.
Conforme os dados divulgados pelo Ministério, a taxa de infecção pelo vírus em Porto Alegre foi de 53,7 casos por 100 mil pessoas – uma diferença de 7,2 casos em relação à taxa de 2017, que era de 60,9/100 mil habitantes. Agora, a capital de Santa Catarina, Florianópolis, ostenta a indesejável liderança nacional, com uma taxa de detecção do vírus de 57,0 casos a cada 100 mil pessoas. Em segundo lugar está Belém, com um índice de 56,1 casos/100 mil.
Porto Alegre sempre liderou o ranking de infecção entre as capitais, mas, desde 2009, vem apresentando reduções anuais no índice. O ápice da taxa na Capital foi em 2008, quando bateu em 111,9 ocorrências a cada 100 mil habitantes.
O Rio Grande do Sul, por sua vez, se manteve em segundo n a classificação dos estados, com uma taxa de detecção do vírus de 27,2 casos por 100 mil pessoas, abaixo da taxa de Roraima, que, no ano passado, foi de 40,8/100 mil.
Um dos índices apresentados no estudo, porém, preocupa bastante os porto-alegrenses. A taxa de detecção do vírus em gestantes na cidade é sete vezes maior do que a nacional. Enquanto no Brasil o índice é de 2,9 casos a cada mil nascidos vivos, em Porto Alegre a taxa é de 20,2 casos/mil nascidos vivos, disparada a maior entre as capitais brasileiras 2,2 vezes maior que a taxa do Rio Grande do Sul, que é de 9,2 casos/mil nascidos vivos (a maior entre os estados).
Variação das taxas de infecção por HIV/Aids na Capital (casos por 100 mil pessoas)
- 2008 - 111,9
- 2009 - 107,4
- 2010 - 109,2
- 2011 - 99,2
- 2012 - 97,5
- 2013 - 96,5
- 2014 - 93,2
- 2015 - 74,9
- 2016 - 67,3
- 2017 - 60,9
- 2018 - 53,7
Fonte: Ministério da Saúde