Desde que fechou as portas, o Instituto de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, vive um impasse para a finalização das obras da instituição. O motivo é que, desde 2016, duas empresas já assumiram a restauração do local, mas tiveram que suspender os trabalhos devido à falta de repasses do governo do Estado.
Em 2016, após vencer a primeira licitação, a empresa Porto Novo Investimentos iniciou a restauração do local. No entanto, em agosto de 2017, os trabalhos foram suspensos devido ao rompimento do contrato. Já em outubro de 2018, um acordo foi firmado entre o governo do Estado e a empresa Concrejato Serviços de Engenharia SA. O contrato, que viabilizaria a conclusão das obras, durou apenas um ano. A parceria foi encerrada na quinta-feira passada, quando a empresa decidiu interromper os trabalhos.
Conforme a Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (SGGE), a empresa responsável pela conclusão da restauração do Instituto de Educação vinha apresentando problemas desde 30 de setembro deste ano, quando decidiu paralisar o andamento das obras. A situação ficou ainda mais complicada quando, na quinta-feira, os serviços de vigilância do local também foram paralisados.
A Concrejato afirmou, por meio de nota, que o motivo da suspensão dos serviços se deve à falta de repasses que a empresa vem enfrentando. "O andamento regular das obras está sendo muito prejudicado pela indefinição quanto a um aditamento contratual, que depende da análise do governo do Estado do Rio Grande do Sul quanto à mudança do modelo contratual", diz a nota.
O governo do Estado, por sua vez, anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar a retomada das obras no local. O objetivo da iniciativa busca analisar as alternativas técnicas e financeiras para que restauração seja, de fato, entregue à população. O grupo, composto por técnicos da SGGE, Secretaria da Educação, Fazenda, Obras e Cultura, deve iniciar as reuniões de análise ainda nesta semana.
O governo já investiu
R$ 1.192.049,84, mas ainda são necessários R$ 21.735.678,63 para a conclusão das edificações. Conforme a pasta, o valor é considerado expressivo diante da situação financeira do Estado.
Os 1.354 estudantes da instituição estão realocados nas escolas Roque Callage, Rio Branco e Felipe de Oliveira desde o início de 2016, quando foi assinada a ordem de início dos serviços.