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Estatísticas

- Publicada em 04 de Setembro de 2019 às 23:45

Após fim da FEE, Estado retoma portal demográfico

Segundo Pedro Zuanazzi, crescimento vegetativo foi menor em 2018

Segundo Pedro Zuanazzi, crescimento vegetativo foi menor em 2018


/CLAITON DORNELLES/JC
Desatualizado há dois anos, o "PopVis: Portal Demográfico", aplicativo do governo do Estado com informações sobre o perfil populacional de cada município e região do Rio Grande do Sul, recebeu atualização nesta semana. As estimativas e projeções com dados de 2010 a 2018 já se encontram disponíveis para consulta pública a partir do site http://visualiza.dee.planejamento.rs.gov.br/popvis/.
Desatualizado há dois anos, o "PopVis: Portal Demográfico", aplicativo do governo do Estado com informações sobre o perfil populacional de cada município e região do Rio Grande do Sul, recebeu atualização nesta semana. As estimativas e projeções com dados de 2010 a 2018 já se encontram disponíveis para consulta pública a partir do site http://visualiza.dee.planejamento.rs.gov.br/popvis/.
A defasagem nas informações ocorreu em virtude do encerramento das atividades da Fundação de Economia e Estatística (FEE), com decreto publicado em abril do ano passado. Agora, a ferramenta foi relançada pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), que absorveu equipe e projetos desenvolvidos pela fundação, atualmente regido pela Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag).
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Segundo o estatístico Pedro Zuanazzi, a retomada do PopVis se deve à preocupação da nova secretária de Planejamento e Gestão, Leany Lemos, de lançar estatísticas e estudos que auxiliem o Estado em suas políticas públicas. "O governo precisa saber em quais faixas etárias (a população) está crescendo em cada região. A Secretaria da Saúde, por exemplo, precisa saber onde há mais crianças, para distribuir vacinas, e a Secretaria da Educação precisa saber onde está crescendo a população de seis a 14 anos, para aumentar ou reduzir a oferta de Ensino Fundamental", cita. A ferramenta também serve para a iniciativa privada, que pode utilizá-la para identificar onde há maior concentração de seu público-alvo e definir estratégias de atuação.
O PopVis permite conhecer o perfil das 497 cidades gaúchas por faixa etária, sexo e percentual de pessoas potencialmente ativas para atuar no mercado de trabalho. Os dados mais recentes apontaram que, com número de nascimentos caindo após dois anos de estabilidade, a população apresentou em 2018 sua menor taxa de crescimento vegetativo - a diferença entre nascimentos e óbitos resultou em 51,5 mil novos habitantes no Estado, aumento de 0,46% na comparação com 2017.
A tendência é de redução gradativa, já nos próximos anos, do grupo de potencialmente ativos (em idade para trabalhar), entre 15 e 59 anos. O ápice populacional deve ser alcançado em 2035, com taxa decrescente do número de habitantes a partir de então.

Maior índice de potencialmente ativos é do Vale do Sinos

O DEE verificou que a região do Vale do Sinos concentra metade dos dez municípios (com população de mais de 20 mil habitantes) com maior percentual de moradores potencialmente ativos. Dois Irmãos lidera o ranking, com 69,55% de seus 32.614 moradores neste grupo, seguido por Charqueadas (68,34%), Nova Hartz (67,79%), Ivoti (67,78%) e Parobé (67,74%). A média estadual é de cerca de 63%.
Duas cidades do Litoral Norte - Imbé (59,23%) e Tramandaí (60,07%) - apresentam os menores percentuais de população hipoteticamente apta a produzir, com índices muito próximos de municípios das regiões que enfrentam baixo nível de crescimento econômico, como a Fronteira-Oeste e a Campanha. Em compensação, O Litoral Norte tem as duas cidades com maior presença de jovens (até 14 anos entre os municípios com mais de 20 mil habitantes: Capão da Canoa (24,05%) e Tramandaí (23,13%). A região também registrou o maior crescimento populacional entre 2010 e 2018, de 15,49%.
Mulheres são maioria na população total do Rio Grande do Sul - para cada grupo de 100 mulheres, há 94,8 homens, tornando-as 51,33% da população (5,8 milhões de habitantes). Das cidades com mais de 20 mil habitantes, Porto Alegre registra o maior índice de mulheres (53,76%), sendo o motivo, conforme Zuanazzi, a maior escolaridade delas, o que leva mais mulheres e migrar para a Capital para estudar. "Mesmo com as mulheres estudando mais, há uma diferença salarial significativa entre mulheres e homens, então esperamos que a maior escolaridade delas reduza essa diferença ao longo dos anos", salienta.
Os meninos são maioria entre os nascimentos (104,7 para cada 100 meninas), mas as mulheres se tornam majoritárias na faixa dos 30 anos, situação que fica mais evidente com o avanço da idade. Entre a população com mais de 80 anos, para cada 100 mulheres há 53,5 representes do sexo masculino. A queda se deve, principalmente, a três aspectos, de acordo com o estatístico do DEE - a alta mortalidade de homens em acidentes de trânsito, em homicídios e por doenças com causas evitáveis. "Ainda haveria um quarto componente, que é o fator biológico. Mesmo em países mais desenvolvidos, ainda há mortalidade de homens em idades mais novas, embora não na mesma proporção do Rio Grande do Sul e do Brasil", acrescenta.