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Geral

- Publicada em 28 de Agosto de 2019 às 22:32

Campanha visa alertar PMs sobre prevenção ao suicídio

Vitor Laitano
Um levantamento realizado pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar (Asofbm) aponta que 50 policiais militares cometeram suicídio entre 2008 e 2018 no Rio Grande do Sul. Para combater essa situação, que é a mais crítica do País entre os estados que realizam o levantamento, a associação lançou ontem uma campanha de prevenção ao suicídio e transtornos mentais voltada aos policiais. Entre as medidas está uma cartilha com informações sobre como identificar e ajudar pessoas que possam estar nesta situação.
Um levantamento realizado pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar (Asofbm) aponta que 50 policiais militares cometeram suicídio entre 2008 e 2018 no Rio Grande do Sul. Para combater essa situação, que é a mais crítica do País entre os estados que realizam o levantamento, a associação lançou ontem uma campanha de prevenção ao suicídio e transtornos mentais voltada aos policiais. Entre as medidas está uma cartilha com informações sobre como identificar e ajudar pessoas que possam estar nesta situação.
Os dados divulgados - que variam em relação às datas de levantamento - apontam que, em São Paulo, 183 policiais militares (PMs) tiraram a vida entre 2006 e 2016, número proporcional ao efetivo paulista, conforme a Asofbm, enquanto o Ceará registrou 18 casos entre 2011 e 2018 e a Bahia, 21 entre 2016 e 2018.Segundo a associação, a situação é agravada na medida que "as corporações evitam divulgar os números". No Rio Grande do Sul, o afastamento de PMs por problemas psiquiátricos chega a 53%.
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Além do lançamento da cartilha, a campanha ainda inclui uma avaliação psicológica a cada dois anos. Apesar da iniciativa, o presidente da Asofbm, coronel da reserva Marcos Paulo Beck, afirma achar o período longo. "Ainda não é o ideal", comenta. Atualmente, a única avaliação feita é no momento de ingresso do profissional na instituição. Além disso, a Brigada Militar conta com apenas cinco psiquiatras para atender a um efetivo de 19 mil policiais. A associação também produziu um vídeo com familiares de profissionais que tiraram a própria vida e que será encaminhado para todas as delegacias como forma de chamar atenção para a necessidade de se abordar o assunto.
Para Beck, a dúvida de não saber se voltará para casa no fim do expediente ou a rigidez hierárquica são alguns dos fatores que causam transtornos psicológicos. "A pressão da sociedade e o não reconhecimento pesam muito. Em um clube social ou reunião de família, as pessoas vêm comentar sobre a violência nos seus bairros e cobram soluções do oficial", explica o dirigente. Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul registrou, no ano passado, dez suicídios para cada 100 mil habitantes - o dobro da média nacional.
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