Em boletim epidemiológico divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), foi registrado aumento de 15 para 18 óbitos por gripe no Rio Grande do Sul em 2019. Somente na última semana, foram três novas vítimas fatais da doença. O número de casos subiu de 118 para 133 no ano.
As três mortes foram entre mulheres. Uma das vítimas era moradora de Gramado, de 63 anos, com histórico de doença cardiovascular crônica, que faleceu em 16 de junho. Ela foi vítima de Influenza A H3N2. Outra vítima morava em São Luiz Gonzaga e também tinha 63 anos. Ela sofria de obesidade (fator de risco) e morreu em 2 de julho, vítima de Influenza A H1N1. O terceiro registro se refere a uma mulher de 50 anos, de São Lourenço do Sul, sem histórico de comorbidade ou fator de risco. Ela faleceu em 12 de julho, por Influenza A H1N1. Nenhuma delas se vacinou na Campanha de Vacinação contra a Gripe.
No total, neste ano, já houve 13 óbitos e 91 casos de Influenza A H1N1, quatro óbitos e 32 casos de Influenza A H3N2, um óbito e quatro casos de Influenza B e seis casos de Influenza A não subtipado, sem óbitos. No ano passado, nesse mesmo período, o Rio Grande do Sul já registrava 44 mortes por gripe, 58% a mais do que em 2019.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra Influenza 2019 registrou 87,13% de cobertura da população de risco nos municípios gaúchos, o que representa 3,3 milhões de doses aplicadas. Apesar de alto, o percentual não chega aos 90% estabelecidos como meta. A população de risco no Estado é de 3,8 milhões de pessoas - abrange crianças de seis meses a seis anos incompletos, gestantes, puérperas, profissionais da saúde, professores, indígenas, portadores de doenças crônicas, pessoas imunossuprimidas, portadores de trissomias, detentos e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.