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Geral

- Publicada em 18 de Julho de 2019 às 10:26

Prédio da prefeitura no bairro Menino Deus é demolido por risco de desabamento

Local foi alvo de reintegração de posse em junho, mas cerca de dez famílias viviam acampadas no local

Local foi alvo de reintegração de posse em junho, mas cerca de dez famílias viviam acampadas no local


Alice Martins/Divulgação/JC
O prédio da Prefeitura de Porto Alegre localizado na rua Baronesa do Gravataí, no bairro Menino Deus, começou a ser demolido na manhã desta quinta-feira (18). De acordo com a administração municipal, a edificação corria risco de desabamento. O imóvel, que abrigava a Ocupação Baronesa, foi alvo de reintegração de posse junho, mas cerca de 10 famílias ainda viviam no local.
O prédio da Prefeitura de Porto Alegre localizado na rua Baronesa do Gravataí, no bairro Menino Deus, começou a ser demolido na manhã desta quinta-feira (18). De acordo com a administração municipal, a edificação corria risco de desabamento. O imóvel, que abrigava a Ocupação Baronesa, foi alvo de reintegração de posse junho, mas cerca de 10 famílias ainda viviam no local.
A ação é acompanhada por órgãos como Defesa Civil, EPTC, SMPG, SMAMS, Fundação de Assistência Social e Cidadania, Brigada Militar e Guarda Municipal.
Uma vistoria realizada por técnicos da secretaria da Infraestrutura e Mobilidade e pela Defesa Civil, no começo do mês, apontou que o teto do prédio e as estruturas internas corriam risco de cair. A recomendação dos técnicos, portanto, era de demolição dos imóveis, cercamento do terreno e indicação para permuta da áreas.
O maquinário para a demolição do prédio chegou ao local nas primeiras horas da manhã, surpreendendo os moradores que permaneciam acampados na calçada do local desde o dia 7 de junho. De acordo com a coordenadora da Ocupação Baronesa, Alice Martins, os pertences das famílias foram removidos e colocados em um caminhão. "O clima é de violência total com as famílias. Nenhuma reunião foi marcada e ninguém foi avisado desta ação", afirmou Alice.
As famílias que permaneceram no local após a reintegração de posse não acataram os encaminhamentos de abrigo oferecidos pela prefeitura à época da ação. Os moradores cobram do poder público medidas que não separem as famílias e criticam as circunstâncias em que se deram as desocupações. A reintegração de posse foi alvo de críticas de entidades como o Sindicato dos Arquitetos no Estado do Rio Grande do Sul (Saergs). Em nota, a entidade se manifestou afirmando que a ação "coloca em situação de vulnerabilidade mulheres e crianças que habitavam a construção, um prédio abandonado pelo poder público há anos e que há anos vem servindo de moradia". 
Em nota, a prefeitura afirmou que técnicos da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) foram encarregados de realizar o acompanhamento das famílias que estão no local, que, segundo a Prefeitura, não fazem parte da Ocupação Baronesa. O comunicado ainda diz que equipes da Fundação estiveram no local dias antes da demolição desta quinta-feira para reforçar a oferta dos serviços como abrigos, albergues, Centros Pop.
O imóvel havia sido cedido à Brigada Militar e sofreu um incêndio antes de ser ocupado. A prefeitura informou que o terreno onde está o prédio, que também pertence ao município, está em condições de ser alienado ou voltado para permuta em troca de obra na área social, saúde, educação e na qualificação e modernização da administração pública. Desde 2018, tramita na Câmara projeto de lei que propõe a alienação ou permuta de imóveis pertencentes ao município.
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