Embora o eclipse total do sol só tenha sido visto no Chile e na Argentina, e por apenas dois minutos, também foi possível, ontem, vislumbrar o fenômeno de forma parcial em 14 das 27 capitais brasileiras. Se, por um lado, Porto Alegre foi a capital com maior percentual do sol encoberto (57%), também foi a com duração mais curta do fenômeno (15 minutos). Em Rio Branco, no Acre, o espetáculo durou quase duas horas.
Para assistir ao eclipse solar, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) montou um ponto de observação na orla do Guaíba, ao lado da Usina do Gasômetro, das 16h30min às 18h. A equipe da instituição estava munida de um telescópio. O evento atraiu dezenas de curiosos, que buscavam a melhor maneira de apreciar o fenômeno. Um eclipse solar acontece quando há uma conjunção da lua nova com o sol, fazendo com que suas posições coincidam e o sol fique escondido atrás da lua.
No Chile, cerca de 150 mil pessoas foram à região de Coquimbo, onde foi possível assistir ao eclipse total. Esta é a terceira vez, em 50 anos, que um eclipse solar total acontece no mesmo lugar de um observatório - nessa região, há observatórios astronômicos em La Silla e Cerro Tololo. As outras vezes foram no Havaí e na França.
Uma peculiaridade tornou o evento ainda mais interessante e raro. O observatório chileno de La Silla, um dos mais importantes do mundo, fica localizado a uma altitude de 2,5 mil metros, livre da poluição visual produzida pelas luzes das cidades. Por isso, a expectativa é de que as imagens produzidas da coroa solar possam auxiliar nos estudos sobre a atmosfera, ventos solares e forças gravitacionais, entre outros aspectos.