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Manifestação

- Publicada em 12 de Junho de 2019 às 20:49

Greve geral terá paralisação de trens e ônibus no Rio Grande do Sul

Centrais sindicais optaram por uma ação unificada, para 'juntar forças'

Centrais sindicais optaram por uma ação unificada, para 'juntar forças'


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Em coletiva de imprensa realizada em conjunto, nove centrais sindicais informaram que a greve geral marcada para amanhã tem previsão de adesão de pelo menos 150 municípios gaúchos. Em seis cidades da Região Metropolitana deve ocorrer greve dos ônibus municipais e intermunicipais. Metroviários da Trensurb também anunciaram que vão parar. A expectativa é de que a paralisação dure 24 horas, da primeira hora de sexta-feira até a meia-noite. 
Em coletiva de imprensa realizada em conjunto, nove centrais sindicais informaram que a greve geral marcada para amanhã tem previsão de adesão de pelo menos 150 municípios gaúchos. Em seis cidades da Região Metropolitana deve ocorrer greve dos ônibus municipais e intermunicipais. Metroviários da Trensurb também anunciaram que vão parar. A expectativa é de que a paralisação dure 24 horas, da primeira hora de sexta-feira até a meia-noite. 
Conforme a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, os sindicatos dos rodoviários de Viamão, Gravataí, Alvorada, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Canoas confirmaram paralisação dos ônibus dos municípios e participação nos atos marcados durante a greve geral. O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre não pode declarar adesão por ser alvo de um interdito proibitório, em ação judicial, mas busca maneiras de aderir. "Tenho certeza de que encontrarão uma forma criativa de resolver esse impasse e participar", afirma Claudir Nespolo, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).
Em nota, o Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul informou que a categoria decidiu, em assembleia ainda em maio, que integraria a paralisação, como protesto contra a reforma da Previdência e as privatizações propostas pelo governo federal. A entidade orienta os usuários a não se deslocarem até as estações, pois os trens não funcionarão durante a sexta-feira. Nem mesmo o mínimo de 30%, previsto em lei, irá circular.
As centrais ainda estão contabilizando os sindicatos de trabalhadores que aderiram e ainda irão aderir à greve. Para hoje, às 10h, está marcada uma reunião das diretorias das centrais, com o objetivo de atualizar o levantamento. Pode haver paralisação do transporte público em outros municípios. Além do transporte, há previsão de que as instituições de ensino públicas e privadas se mantenham sem atividades no período.
O Sindilojas Porto Alegre manifestou ontem, em nota, sua posição contrária à paralisação, afirmando que "respeita o direito a manifestações, desde que pacíficas e que não interfiram no direito de ir e vir". A orientação é para que os estabelecimentos comerciais abram normalmente amanhã.

Em Porto Alegre, manifestação será na Esquina Democrática

A greve geral foi marcada pelas centrais sindicais como forma de protesto contra a reforma da Previdência, o desemprego e a favor da educação. Em Porto Alegre, além da greve em si, será realizado um ato, às 18h, na Esquina Democrática, com concentração a partir das 17h. Deve haver protestos também em outras cidades do Interior.
Conforme Guiomar Vidor, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), as manifestações marcadas em todo o Brasil se devem à inconformidade das centrais sindicais com a reforma da Previdência. "Ela acaba com a aposentadoria para a grande maioria da população, que ou não vai se aposentar, ou vai se aposentar com menos de um salário-mínimo", destaca.
Rejane de Oliveira, da Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, ressalta que a unificação das centrais sindicais em um só ato e uma só greve é uma decisão política, para juntar as forças de cada entidade diante de uma causa maior. "A população deve ficar em casa nesse dia, porque combateremos qualquer tentativa das patronais de burlar a greve", adverte.
Segundo Claudio Correia, da Força Sindical, a greve geral está sendo construída há um mês. "Hoje, os trabalhadores já têm dificuldade de conseguir emprego aos 50 anos, que vai piorando conforme a idade chega. O que estão construindo, com o aumento do tempo de contribuição, é, na verdade, o fim da aposentadoria", critica.
O Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul decidiu, em assembleia na terça-feira, apoiar a greve geral. "Além de concordarmos com a luta contra a reforma da Previdência, também combatemos o corte das verbas nas universidades", relata a presidente do DCE, Ana Paula Santos. Os universitários se concentram às 17h, em frente ao diretório, para, juntos, rumarem, às 18h, para o ato na Esquina Democrática.