O juiz Marcelo Tonet - do 1º Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Canoas - entendeu que os pressupostos do processo não foram cumpridos, em razão de a universidade ter alterado sua natureza jurídica - passando a ser uma sociedade empresária - há um tempo inferior ao prazo legal, que é de dois anos. Segundo Tonet, a universidade pode formular novo pedido de reucperação judicial quando fechado o período necessário.
Em nota, a instituição informou em nota que a mantenedora da Instituição, Aelbra, irá recorrer da decisão. A Ulbra diz estar "confiante em que a Recuperação Judicial é a melhor solução para reorganizar as finanças da Rede Ulbra de Educação e solucionar as dívidas com os credores".
Há dez anos envolta em crise financeira, a Ulbra - com sede em Canoas - acumula uma dívida total de R$ 8,2 bilhões e tenta renegociar um passivo financeiro e trabalhista de R$ 2,4 bilhões (os outros R$ 5,8 bilhões são compostos por dívidas tributárias).
A Aelbra reforça em nota que a decisão judicial não interfere na rotina acadêmica, nem nas atividades das escolas de Educação Básica da Rede Ulbra de Educação. Todas as disciplinas previstas continuam ofertadas, os trabalhos acadêmicos e escolares seguem normalmente, assim como o calendário de aulas, demais atividades e o Vestibular Ulbra 2019/2, que está com as inscrições abertas.