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- Publicada em 14 de Maio de 2019 às 22:02

Prefeitura cogita comprar área de posto na Zona Sul

Posto de saúde oferece atendimento básico a 24 mil pessoas, segundo SMS

Posto de saúde oferece atendimento básico a 24 mil pessoas, segundo SMS


MARCO QUINTANA/JC
Igor Natusch
Preocupada com a possibilidade de ficar sem a Unidade Básica de Saúde (UBS) Camaquã, a comunidade da Zona Sul de Porto Alegre recebeu uma notícia animadora na tarde de ontem. Um acordo entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), proprietário do terreno, e a prefeitura da Capital abriu caminho para que o imóvel seja adquirido em definitivo pelo município, interrompendo o processo de reintegração de posse.

Preocupada com a possibilidade de ficar sem a Unidade Básica de Saúde (UBS) Camaquã, a comunidade da Zona Sul de Porto Alegre recebeu uma notícia animadora na tarde de ontem. Um acordo entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), proprietário do terreno, e a prefeitura da Capital abriu caminho para que o imóvel seja adquirido em definitivo pelo município, interrompendo o processo de reintegração de posse.

A área onde funciona a UBS Camaquã foi cedida ao município pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), hoje extinto. O posto de saúde funciona no local desde 1981. Recentemente, o INSS ingressou na Justiça solicitando a entrega do imóvel, o que levou a prefeitura, inicialmente, a procurar locais que pudessem receber as muitas atividades da unidade.

Atualmente, o posto oferece atendimento básico a 24 mil pessoas, enquanto suas equipes especiais de saúde atingem até 200 mil pacientes. No local também funciona uma das dez farmácias distritais da prefeitura, que oferecem medicamentos a um universo de até 58 mil pessoas.

De acordo com Thiago Frank, coordenador de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a autarquia teria se mostrado interessada em negociar o imóvel com o município. A próxima etapa, explica ele, é promover uma avaliação para atualizar os valores do prédio e do terreno, de forma a elaborar uma proposta oficial de compra. A negociação será conduzida dentro dos trâmites do processo, o que interrompe qualquer reintegração até que um acordo seja alcançado, ou que haja desistência de alguma das partes.

"É uma notícia muito boa para a comunidade. Estamos bastante confiantes", afirma Frank. Mesmo admitindo que o atual prédio precisa de algumas reformas, ele reforça que a estrutura atual é adequada para os muitos serviços oferecidos e, portanto, de difícil substituição. De acordo com a SMS, há sinalizações do INSS pedindo o terreno de volta desde 2016, o que disparou uma busca de imóveis capazes de receber a UBS - uma estratégia que, até o momento, não tinha trazido qualquer sucesso. "Talvez fosse necessário separar os serviços em mais de um local na mesma região, o que não seria de forma alguma o ideal", observa. Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a autarquia federal não havia respondido até o fechamento da matéria.

Diante do risco de uma mudança, a comunidade do bairro se mobilizou, promovendo um abaixo-assinado e procurando vereadores para pressionar por uma solução. Em visita à UBS Camaquã, a reportagem do JC pôde constatar intensa movimentação de pacientes indo e voltando de consultas. A farmácia, porém, não estava funcionando - segundo os funcionários, por causa de uma queda do sistema que cataloga os medicamentos.

"Estavam falando que o posto ia para a Cavalhada, perto da (rua Dr.) Pereira Neto. Me diz: como é que um idoso vai se deslocar até lá?", pergunta Maria Ivete Fraga, uma das moradoras que faz uso frequente da unidade. Além das consultas e remédios para si, a aposentada de 70 anos recebe visitas de equipes da UBS, que prestam atendimento domiciliar à sua mãe. Maria define qualquer mudança de sede como "uma bofetada na cara" da comunidade. "Para nós, é uma família. Conversam com a gente, nos conhecem, nos tratam sempre muito bem."

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