Há dez anos trabalhando no resgate e tratamento de animais em situação de abandono, a Organização Não Governamental (ONG) Patas Dadas fechou novamente as portas para outros animais nesta semana. Uma dívida de R$ 20 mil em função dos novos resgates e a superlotação do canil comprometem a continuidade do trabalho da entidade.
A interrupção dos resgates foi anunciada na noite desta segunda-feira (6), em postagem na página da ONG no Facebook. "Foram mais de 13 novos resgates nos últimos dias, três devoluções, uma delas sendo de um cão considerado adoção especial. Não temos mais condições'', destacou o texto. Com capacidade para 48 cães, o canil da entidade abriga hoje cerca de 60 animais.
Questionada sobre alguma projeção de quando a ONG poderá abrir as portas novamente, a organização não apresenta estimativas. ''Tudo depende da recuperação dos últimos cães resgatados e da adoção dos que já estão lá esperando há muito tempo'', respondeu a instituição.
Pela quarta vez, em uma década de funcionamento, o Patas Dadas interrompe as atividades e pede socorro. Segundo a entidade, a maior demanda para a continuidade do serviço é dinheiro para pagar as dívidas com clínicas veterinárias parceiras. No final de dezembro de 2018, a entidade já havia anunciado a interrupção das atividades devido a dívidas e em função da
superlotação do canil, ocasionada pelos abandonos característicos do período de férias de verão e início de ano.
O Patas Dadas recebe doações em dinheiro via depósito bancário, Pag Seguro e o financiamento coletivo (no link
https://apoia.se/patasdadas). A entidade tem como principal fonte de renda o apadrinhamento de animais, processo no qual o interessado escolhe um cão e se responsabiliza por contribuir mensalmente, seja com ração, vacinas, antipulgas ou castração.
Outras formas de contribuir com o trabalho da organização podem ainda ser conferidas no
site da entidade.