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- Publicada em 23 de Abril de 2019 às 22:28

Servidores do HPS se opõem a possível terceirização na gestão

Categoria formalizou apoio a Frente Parlamentar em defesa do hospital

Categoria formalizou apoio a Frente Parlamentar em defesa do hospital


CLAITON DORNELLES /JC
Igor Natusch
Defendida pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior como uma alternativa para unidades de saúde ligadas à prefeitura de Porto Alegre, a possível adoção de uma gestão terceirizada tem preocupado servidores do Hospital de Pronto Socorro (HPS). No começo da semana, foi aprovada na Câmara de Porto Alegre a criação da Frente Parlamentar em Defesa do HPS, que pretende agregar diferentes forças políticas contra uma futura proposta de terceirização.
Defendida pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior como uma alternativa para unidades de saúde ligadas à prefeitura de Porto Alegre, a possível adoção de uma gestão terceirizada tem preocupado servidores do Hospital de Pronto Socorro (HPS). No começo da semana, foi aprovada na Câmara de Porto Alegre a criação da Frente Parlamentar em Defesa do HPS, que pretende agregar diferentes forças políticas contra uma futura proposta de terceirização.
Um encontro com servidores, promovido ontem no refeitório do HPS, em Porto Alegre, formalizou o apoio da categoria à instalação definitiva da frente, em data ainda a definir. Proponente da iniciativa parlamentar, o vereador Roberto Robaina (PSOL) considerou a reunião uma demonstração de força dos trabalhadores, que "mostraram que não aceitarão a privatização do coração da saúde da cidade".
De acordo com João Ezequiel, coordenador do Conselho de Representantes da Saúde do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), a ideia é promover "uma grande frente", reunindo servidores, políticos, artistas e outros núcleos comprometidos com o caráter público do HPS. Segundo ele, tanto estudos acadêmicos quanto fatos verificados em outras cidades demonstram que a adoção de uma gestão terceirizada não é uma boa ideia. Entre os exemplos, Ezequiel cita a operação do Ministério Público, ocorrida no final do ano passado, para apurar irregularidades na atuação do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) em Canoas, na Região Metropolitana.
"A gente pede reunião, pede diálogo, mas com Marchezan não adianta, ele fechou a porta da prefeitura", denuncia o conselheiro do Simpa. "Então, a gente se apega na população, e faz um apelo aos vereadores para que mantenham o HPS no formato que ele segue hoje."
Presidente da Associação dos Servidores do HPS, Paulo Oliveira considera que está em andamento um processo de sucateamento do hospital, como forma de legitimar uma futura entrega à iniciativa privada. "O elevador (dos funcionários) não funciona há anos. O refeitório (onde ocorreu o encontro) não tem porta há muito tempo. E tudo isso vai servindo de justificativa para dizer que não pode seguir público, para entregar o HPS a quem quer fazer da saúde um comércio", critica.
Ele ressalta que o Hospital de Pronto Socorro é referência no tratamento de acidentes graves e de queimados, e que abre as portas a todos que necessitam de tratamento de urgência, independentemente de seu poder aquisitivo. "Se este governo não tem condições de gerenciar, então que entregue para os servidores. Os servidores têm proposta, sabem gerenciar, sabem como funciona e o que é bom para a população e para o hospital."
Na semana passada, Marchezan esteve presente à apresentação de edital de chamamento público para terceirização da operação das Unidades de Pronto Atendimento dos bairros Bom Jesus e Lomba do Pinheiro. O principal objetivo, segundo a prefeitura, é a otimização de recursos. Em resposta escrita à reportagem, a Secretaria Municipal da Saúde foi breve, dizendo que a prefeitura está "estudando todas as alternativas para que o HPS siga prestando serviços públicos em atendimento ao trauma com a qualidade que sempre prestou."
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