"Deu para dar uma amostra grátis." Assim o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, resumiu os primeiros 100 dias de sua gestão à frente da pasta, em declaração dada ontem, durante visita ao Hospital Conceição, em Porto Alegre. Segundo o ministro, esse período serviu para "colocar as metas gerais" do que se pretende fazer no setor, e garantiu que o Sistema Único de Saúde (SUS) será prioridade no decorrer dos próximos anos. "O SUS nunca tem volta, o SUS sempre avança", acentuou.
Mandetta também salientou a criação da Secretaria Nacional da Atenção Básica, que priorizará ações junto à rede primária de saúde. "Por isso (falta de priorização) ocorreu tanto improviso, como a abertura de UPAs indiscriminadas, sem melhorar a resolutividade. Os postos fecham às 17h, sendo que a classe trabalhadora volta do trabalho e encontra todas as unidades fechadas", criticou ele, ressaltando que uma das metas da pasta é mudar o horário de atendimento nos postos, permitindo consultas e exames até 22h.
O ministro passou a tarde de ontem no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e participou de reunião com a diretoria para debater diretrizes e metas de gestão. Mais tarde, Mandetta conheceu o novo espaço do Núcleo Interno de Regulação do hospital, inaugurado em abril, e visitou as obras do centro de oncologia e hematologia, que deve ser inaugurado em 2020. As obras estão entre as prioridades do GHC para o período, com custo estimado de R$ 175 milhões.