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Geral

- Publicada em 31 de Março de 2019 às 19:19

Manifestantes realizam atos pelo país de protesto ao período da ditadura militar

Em Porto Alegre, foi realizado dois atos a contra a ditadura neste domingo

Em Porto Alegre, foi realizado dois atos a contra a ditadura neste domingo


CLAITON DORNELLES /JC
Manifestantes se reuniram nas ruas de capitais brasileiras neste domingo (31) em protestos contrários e favoráveis à ditadura militar iniciada com o golpe de 1964, há 55 anos.
Manifestantes se reuniram nas ruas de capitais brasileiras neste domingo (31) em protestos contrários e favoráveis à ditadura militar iniciada com o golpe de 1964, há 55 anos.
Em Porto Alegre, foi realizado dois atos a contra a ditadura neste domingo. O primeiro ocorreu pela manhã no Parque Marinha do Brasil, organizado por militantes, políticos de esquerda e ex-perseguidos pela ditadura militar. 
Um outro grupo se reuniu na Redenção, com cartazes contra a censura, liberdade de imprensa e cultura. O ato teve início às 15h e os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas de Porto Alegre.
No Parque Moinhos de Vento, houve uma concentração de um grupo manifestando-se em favor da ditadura militar também no período da tarde.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram na Avenida Paulista e no Parque Ibirapuera (em SP) e na Cinelândia (no Rio). Ao final da manifestação na Paulista, houve confusão entre os grupos rivais em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Militantes favoráveis à intervenção militar foram provocados por manifestantes contra a ditadura, o que resultou em trocas de insultos e em agressões. No confronto, que envolveu cerca de 50 pessoas, foram usados como armas cabos de madeira e até uma pistola "taser", de eletrochoque. Segundo a Polícia Militar, uma pessoa foi detida. Ela fazia parte do grupo contrário à ditadura.
Os maiores atos foram contra a ditadura. "Descomemorar" o golpe com cultura e silêncio foi o espírito do ato na praça da Paz, no Parque Ibiraquera, que recordou os desaparecidos da ditadura militar e fez contraponto às declarações do presidente Jair Bolsonaro que encorajavam celebrações da data.
O ato, intitulado Caminhada do Silêncio, começou por volta das 16h30min com apresentações musicais e literárias que evocavam críticas à ditadura militar e a Bolsonaro.
"Não há nada mais ensurdecedor do que o silêncio", afirmou o ex-deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), que integrou a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e que coordenou a Comissão da Verdade na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Fotos de desaparecidos políticos foram erguidas durante as apresentações por seus familiares e também por pessoas simpáticas à luta contra a ditadura militar.
No Rio, o protesto contra a ditadura reuniu manifestantes na Cinelândia, no centro da cidade. O ato teve protesto contra o governo Jair Bolsonaro e pela libertação do ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde abril de 2018. Houve também lembranças à vereadora Marielle Franco, assassinada em fevereiro de 2018, e protestos contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro.
Em discursos, lideranças criticaram a autorização dada por Bolsonaro para que as Forças Armadas "rememorassem" o golpe militar de 1964, gerando uma série de manifestações de aliados em defesa do regime. Neste domingo, em vídeo postado nas redes sociais, o governo reforçou a defesa.
Os manifestantes iniciaram o protesto sentados nas escadarias da Câmara dos Vereadores cantando músicas representativas da época, como "Para não dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, e "Cálice", do Gilberto Gil e Chico Buarque.
Manifestantes portavam bandeiras de partidos de esquerda, como PCO e PSTU. O ex-presidente Lula foi lembrado tanto em cartazes, camisetas e adesivos, quanto em palavras de ordem pedindo sua liberdade.
Com informações da Agência FolhaPress
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