Governo do Estado busca prédio para Academia de Bombeiros

Entre debates e troca de governo, o projeto de transferência do complexo da Academia do Comando do Corpo de Bombeiros, em Porto Alegre, onde funciona a escola da corporação, encontra-se travado há meses. Em junho, após pressão dos moradores do bairro Menino Deus, foi anunciado que o novo local não seria mais o terreno onde funciona o Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete). Desde então, não há definição de qual será a área a abrigar os bombeiros. A nova gestão estadual estuda algumas possibilidades, mas ainda sem encaminhamentos.

Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública informou que estão sendo realizadas reuniões internas acerca do assunto. Alguns locais passam por avaliação, mas, no momento, a pasta preferiu não dar informações sobre análises. O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Menino Deus, José Paulo de Oliveira Barros, entidade que encabeçou a pressão para que o complexo do Corpo de Bombeiros não fosse instalado no prédio do Cete, tem encontro marcado para o dia 27 de fevereiro com o vice-governador e atual secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, no qual serão discutidas questões referentes à segurança do bairro e à transferência dos bombeiros.

Em janeiro do ano passado, o governo do Estado anunciou que leiloaria os terrenos do complexo do Corpo de Bombeiros e do ginásio da Brigada Militar, ambos localizados entre as ruas Felipe de Oliveira e Silva Só, em Porto Alegre. O edital de venda foi publicado no mês seguinte, em lote único, mas não teve interessados na compra conjunta, com lance inicial de R$ 125,88 milhões.

Com a licitação deserta e a rejeição à transferência da Academia do Comando do Corpo de Bombeiros para o Cete, a solução, anunciada em junho, foi fazer uma permuta do terreno do ginásio da Brigada Militar, de valor estimado em R$ 40,5 milhões, em troca da construção de um presídio em Sapucaia do Sul, e deixar o destino dos bombeiros em espera. O imóvel onde funciona a escola da corporação é avaliado em R$ 85,3 milhões. A ideia é manter o formato de leilão para a área.