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- Publicada em 10 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Vítimas de incêndio no CT do Flamengo são identificadas

Torcedores do clube prestaram as últimas homenagens aos mortos no incêndio no CT

Torcedores do clube prestaram as últimas homenagens aos mortos no incêndio no CT


FERNANDO SOUZA/AFP/JC
A perícia dos corpos das dez vítimas do incêndio ocorrido na sexta-feira no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, foi concluída ontem. Todos os mortos eram adolescentes que integravam as categorias de base do clube e moravam no alojamento atingido pelas chamas. Três atletas sobreviveram ao sinistro, mas sofreram ferimentos e seguem internados em hospitais da região. Os sobreviventes foram salvos por um segurança que atuava no local.
A perícia dos corpos das dez vítimas do incêndio ocorrido na sexta-feira no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, foi concluída ontem. Todos os mortos eram adolescentes que integravam as categorias de base do clube e moravam no alojamento atingido pelas chamas. Três atletas sobreviveram ao sinistro, mas sofreram ferimentos e seguem internados em hospitais da região. Os sobreviventes foram salvos por um segurança que atuava no local.
As últimas vítimas identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro foram Samuel Thomas Rosa e Jorge Eduardo dos Santos Pereira Dias, ambos de 15 anos. Devido ao estado de carbonização dos corpos, foi necessário realizar a identificação por processo de antropologia forense, ou seja, a partir da biologia do esqueleto, com base em informações fornecidas pelo clube sobre a estrutura física dos jogadores.
Até a tarde de ontem, cinco das dez vítimas tinham sido sepultadas. Os primeiros a serem enterrados, ainda no sábado, foram os zagueiros Arthur Vinicius de Barros Silva e Pablo Henrique da Silva Matos, ambos de 14 anos. No domingo, foram sepultados os goleiros Christian Esmério Candido, de 15 anos, e Bernardo Augusto Manzke Pisetta, de 14 anos, além do jogador Vitor Isaías Coelho da Silva, de 15 anos. Ainda faltam ser enterrados os atletas Gedson Corgosinho Beltrão dos Santos, Athila de Souza Paixão e Rykelmo de Souza Viana.
Sobre os três adolescentes feridos, o Flamengo informou, em nota, que Cauan Emanuel e Francisco Dyogo permanecem em situação estável no Hospital Vitória, em tratamento no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e se alimentando normalmente por via oral. Já Jhonata Ventura está internado no Hospital Municipal Pedro II, em estado grave. "Ele passou as últimas 24 horas sem intercorrências e alterações laboratoriais significativas (...), está estável hemodinamicamente e sedado, com melhora dos parâmetros respiratórios, e permanece no CTI", informa a nota divulgada pelo clube.
O Ministério Público do Rio de Janeiro convocou para hoje uma reunião com dirigentes do Flamengo e autoridades, para discutir o incêndio. O objetivo é buscar soluções imediatas relativas às famílias atingidas e a regularização das instalações do clube, que não tem alvará da prefeitura nem certificado de autorização do Corpo de Bombeiros. No sábado, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, se reuniu com as famílias das vítimas e garantiu apoio financeiro e psicológico, bem como pagamento do traslado e do sepultamento dos corpos.
O alojamento do CT do Flamengo foi instalado em contêineres. Conforme a prefeitura do Rio, o clube não tinha autorização para instalar esse tipo de estrutura no local. Por falta de alvará de funcionamento, o Flamengo recebeu 31 multas e ordem de interdição, que não foi cumprida. A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que convocará para depoimentos representantes da empresa que forneceu os módulos, para obter mais informações sobre o material com que as instalações foram feitas.
Os contêineres foram fornecidos pela empresa carioca NHJ. Segundo o site da companhia, os módulos são montados com painéis de chapa de aço com núcleo de poliuretano injetado. Altamente inflamável, o poliuretano foi apontado como um dos fatores que agravou o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que deixou 242 mortos em 2013. As chamas teriam começado em um aparelho de ar-condicionado em um dos quartos. 
 
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