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- Publicada em 29 de Janeiro de 2019 às 01:00

Probabilidade de haver sobreviventes é quase nula

Buscas em Brumadinho se concentram em área onde foi encontrado um segundo ônibus submerso na lama

Buscas em Brumadinho se concentram em área onde foi encontrado um segundo ônibus submerso na lama


/MAURO PIMENTEL/AFP/JC
Novos números, divulgados pela Defesa Civil de Minas Gerais, deram contornos ainda mais dramáticos ao rompimento da barragem da empresa Vale no Córrego do Feijão, na região de Brumadinho (MG). No final da tarde de ontem, o desastre somava 84 mortos, 42 deles identificados, além de 276 desaparecidos. De acordo com as equipes envolvidas nas buscas, depois de cinco dias completos da enxurrada que espalhou cerca de 13 milhões de m3 de rejeitos de minério pela região, é remota a chance de ainda localizar sobreviventes. A lama se estende por 10 km em uma área de 3,6 km2.
Novos números, divulgados pela Defesa Civil de Minas Gerais, deram contornos ainda mais dramáticos ao rompimento da barragem da empresa Vale no Córrego do Feijão, na região de Brumadinho (MG). No final da tarde de ontem, o desastre somava 84 mortos, 42 deles identificados, além de 276 desaparecidos. De acordo com as equipes envolvidas nas buscas, depois de cinco dias completos da enxurrada que espalhou cerca de 13 milhões de m3 de rejeitos de minério pela região, é remota a chance de ainda localizar sobreviventes. A lama se estende por 10 km em uma área de 3,6 km2.
As buscas foram concentradas nas áreas onde foi encontrado um segundo ônibus submerso na lama, e no local das instalações do refeitório da Vale. Ontem, três corpos foram retirados do ônibus e dois da área do refeitório.
O major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar, informou que o efetivo da corporação será quadruplicado para buscas e proteção das chamadas "áreas quentes", onde as equipes de resgate atuam de forma mais intensa. Até o final da tarde de hoje, espera-se que quase mil policiais estejam atuando na região, ao lado dos militares, bombeiros e enviados israelenses.
O drama em Brumadinho atinge também animais domésticos e a fauna nativa. Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, alguns animais estão recebendo água e alimentos enquanto o resgate não é possível. Outros, feridos, estão sendo sacrificados. Em casos extremos, quando o acesso é difícil e é preciso proceder a distância, o abate tem sido feito a tiros, ao invés do uso de injeção letal. "Não é ético insistir no sofrimento desses animais", disse Aihara, garantindo que a eutanásia só é feita após avaliação de veterinários.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais emitiu alerta para a população sobre os riscos à saúde gerados pelo contato com os rejeitos da barragem. A pasta informou que já recolheu amostras do material para verificar a presença de metais pesados e que monitora a situação dos bombeiros. O órgão recomenda que a população não consuma alimentos que tiveram contato com a lama, inclusive embalados e enlatados, além de evitar contato com a água e os peixes do rio Paraopeba.
Após reunião do comitê de crise no Palácio do Planalto, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou ontem que não será possível resgatar todos os corpos. Na reunião, ministros mencionaram a complicação da operação de resgate dada a densidade e o volume da lama, que, em determinadas regiões, forma um bloco de massa impenetrável. "Algumas pessoas triste e lamentavelmente não serão recuperadas. Tem uma questão de respeito e solidariedade a todas as famílias que viverão um luto sem o seu ente querido", afirmou.
 
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