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Saúde

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2019 às 21:50

Beneficência tem 90% de sua emergência vazia

Exames de endoscopia e colonoscopia são realizados no local

Exames de endoscopia e colonoscopia são realizados no local


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Reaberto no final de agosto, o Hospital Beneficência Portuguesa vive uma realidade diferente dos outros hospitais de Porto Alegre. Com capacidade para atender de 150 a 200 pacientes por dia na ala de emergência, o estabelecimento registra uma média de 20 atendimentos diários, deixando em torno de 90% do espaço vazio. "Circulamos por Porto Alegre e vemos prontos-socorros cheios, como a Santa Casa, o Moinhos de Vento e o Mãe de Deus, e estamos com a equipe pronta para receber a comunidade", convida o diretor-executivo do Beneficência, Ricardo Pigatto. A instituição conta, hoje, com 118 funcionários. Quando funcionar a pleno, empregará de 300 a 350 pessoas.
Reaberto no final de agosto, o Hospital Beneficência Portuguesa vive uma realidade diferente dos outros hospitais de Porto Alegre. Com capacidade para atender de 150 a 200 pacientes por dia na ala de emergência, o estabelecimento registra uma média de 20 atendimentos diários, deixando em torno de 90% do espaço vazio. "Circulamos por Porto Alegre e vemos prontos-socorros cheios, como a Santa Casa, o Moinhos de Vento e o Mãe de Deus, e estamos com a equipe pronta para receber a comunidade", convida o diretor-executivo do Beneficência, Ricardo Pigatto. A instituição conta, hoje, com 118 funcionários. Quando funcionar a pleno, empregará de 300 a 350 pessoas.
Por enquanto, a instituição atende exclusivamente pacientes privados e com plano de saúde, exceto os atendidos pela Unimed, que ainda não se credenciou junto à instituição. A Associação Beneficente São Miguel (ABSM), mantenedora que reabriu o estabelecimento, agendará reuniões em fevereiro tanto com o novo secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, quanto com a nova secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, a fim de averiguar se as gestões têm interesse em contratualizar serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS) junto à instituição.
Boa parte dos serviços do hospital opera - internações, procedimentos clínicos ambulatoriais, endoscopias, colonoscopias, raios-x e exames laboratoriais já podem ser realizados no prédio da avenida Independência. Duas grandes alas, contudo, seguem fechadas: o bloco cirúrgico e a unidade de tratamento intensivo (UTI). A estimativa é que as reformas nesses espaços sejam finalizadas em fevereiro e os serviços comecem a operar até o final de março. A mantenedora calcula um investimento total de R$ 3 milhões na revitalização da estrutura.
Quando a ABSM assumiu a gestão do Beneficência, assumiu também uma dívida da gestão anterior, estimada hoje em cerca de R$ 152 milhões. O inventário dos credores será concluído nos próximos dias. Até o final de fevereiro, todos os débitos apresentados pelos credores serão condensados e, em março, serão feitas rodadas de negociação com todos aqueles que têm algo a receber do hospital. Os salários atrasados de funcionários estão incluídos na negociação, mas em grande parte já está sendo feita mediação através da Justiça do Trabalho.
Depois de terminar a revitalização e o pagamento das dívidas, a associação pretende ampliar os serviços oferecidos pelo hospital, abrindo novos negócios. "Temos uma carcaça de um prédio aqui ao lado do Beneficência, que está desativada e queremos revitalizar. Ainda estamos analisando quais serão os serviços ofertados, mas a nossa vontade é criar consultórios com especialidades médicas e aumentar o número de leitos de internação", destaca Pigatto.

Ainda não há data definida para a reabertura do Parque Belém

Além de administrar o Beneficência, a ABSM atua como mantenedora do Hospital Parque Belém, que, quando aberto, passará a se chamar Complexo Hospitalar São Miguel. O estabelecimento, na Zona Sul de Porto Alegre, ainda está em fase de elaboração de projetos. Como o plano diretor da obra depende de aprovação da Vigilância em Saúde, ainda não há previsão de quando a revitalização será iniciada, tampouco a reabertura do local, mas, quando começar, a estimativa é que os trabalhos durem de três a cinco meses.
O Parque Belém será um hospital geral, com realização de cirurgias gerais e alas de psiquiatria, oncologia e traumatologia. Serão oferecidos 180 leitos dentro do hospital geral, sendo 130 de internação e o restante dividido entre leitos de recuperação em apoio às salas de cirurgia, de UTI e de observação na emergência, e mais 100 na ala psiquiátrica. O estabelecimento empregará, aproximadamente, 250 pessoas.
Para o diretor executivo Ricardo Pigatto, que também dirigirá o Parque Belém, o funcionamento de ambos os estabelecimentos é complementar, pois o atendimento especializado que for oferecido em uma instituição não será oferecido em outra. Neurocirurgia, por exemplo, será uma especialidade do Beneficência. Oncologia, por outro lado, terá como referência o Parque Belém. O serviço que eventualmente for oferecido no SUS em um hospital não será oferecido no outro. A gestão estadual anterior, de José Ivo Sartori, manifestou interesse em contratar atendimentos em saúde mental, traumatologia, oftalmologia e cirurgia geral.