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Geral

- Publicada em 28 de Janeiro de 2019 às 09:09

Vale suspende pagamento de dividendos e bônus após rompimento de barragem

Barragem integrava complexo que produziu 7,3 milhões de toneladas de minério no 3° trimestre de 2018

Barragem integrava complexo que produziu 7,3 milhões de toneladas de minério no 3° trimestre de 2018


DOUGLAS MAGNO/AFP/JC
A Vale suspendeu o pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, a recompra de ações de sua própria emissão e os pagamentos de remuneração variável a executivos. As medidas ocorrem após o rompimento de sua barragem de mineração em Brumadinho (MG), na sexta-feira (25).
A Vale suspendeu o pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, a recompra de ações de sua própria emissão e os pagamentos de remuneração variável a executivos. As medidas ocorrem após o rompimento de sua barragem de mineração em Brumadinho (MG), na sexta-feira (25).
O Conselho de Administração da empresa criou ainda dois Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário: um para acompanhar as providências destinadas à assistência às vítimas e à recuperação da área atingida pelo rompimento da barragem, e outro destinado à apuração das causas e responsabilidades pelo rompimento da barragem.
Na última sexta-feira (25), data da tragédia, os recibos de ações (ADRs) da empresa negociados na bolsa de Nova Iorque despencaram 8%. A Bolsa brasileira esteve fechada devido ao feriado do aniversário da cidade de São Paulo.
A barragem que se rompeu em Brumadinho faz parte do complexo Paraopeba, que produziu 7,3 milhões de toneladas de minério do terceiro trimestre de 2018, dado mais recente divulgado pela companhia. O volume representa 7% da produção total de minério de ferro da Vale no período.
Analistas ouvidos pela reportagem afirmam que, mais do que um dano financeiro, a empresa sofrerá com o desgaste de sua imagem. Entre as consequências que deverão ser enfrentadas pela companhia estão a maior dificuldade para atrair bons profissionais e obter investimentos.
No cenário internacional, há potencial para contaminar todo o mercado de mineração no Brasil, pelo fato de ter acontecido pouco mais de três anos após o desastre de Mariana (MG). A agência de classificação de risco S&P anunciou no sábado (26) que poderá rebaixar a nota da Vale em vários degraus em razão das implicações financeiras do desastre.
A Vale recebeu três pedidos de bloqueios de valores de suas contas, totalizando R$ 11 bilhóes. Eles vieram da Justiça de Minas Gerais, da Advocacia Geral do estado. e do Ministério Público.
Folhapress
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