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imprensa

- Publicada em 10 de Janeiro de 2019 às 10:59

Jornalista e ex-editor do JC João Gamboa morre em Porto Alegre

Em dezembro, Gamboa (e) foi homenageado pela Associação Riograndense de Imprensa

Em dezembro, Gamboa (e) foi homenageado pela Associação Riograndense de Imprensa


RICARDO STRICHER/DIVULGAÇÃO/JC
O jornalista João Egydio Gamboa faleceu na noite desta quarta-feira (9), aos 76 anos em Porto Alegre. Segundo familiares, ele teve complicações após uma cirurgia realizada na segunda-feira (7) em hospital da capital gaúcha. Gamboa deixa a mulher Sara, as filhas Tatiana, Jeanne e Juanita, e os netos Rodrigo, Pedro, Miguel, Carlos Eduardo, Francisco, Vicente e Joana.
O jornalista João Egydio Gamboa faleceu na noite desta quarta-feira (9), aos 76 anos em Porto Alegre. Segundo familiares, ele teve complicações após uma cirurgia realizada na segunda-feira (7) em hospital da capital gaúcha. Gamboa deixa a mulher Sara, as filhas Tatiana, Jeanne e Juanita, e os netos Rodrigo, Pedro, Miguel, Carlos Eduardo, Francisco, Vicente e Joana.
Ex-editor assistente de Política do Jornal do Comércio, Gamboa atuou por 48 anos no veículo. Natural de Santa Vitória do Palmar, fez a faculdade de Jornalismo na Ufrgs e um estágio na sucursal do Jornal do Brasil. Foi ainda revisor do Diário Oficial do Estado e trabalhou na assessoria de imprensa do Palácio Piratini. Ingressou no JC em 25 de maio de 1970.
Gamboa iniciou no Jornal do Comércio como repórter de Geral, passou por Esportes e Economia, onde cobria agropecuária - entrevistou ministros da Agricultura e comandou coberturas da Expointer.
Em 1977 foi alçado à chefia de reportagem. Introduziu melhorias no 2º Caderno, como uma mesa redonda de especialistas para discutir temas econômicos, e no início dos anos 1980 se tornou secretário de redação.
Nos últimos 20 anos, atuou como editor-assistente de Política do JC, onde trabalhou até o ano passado. Gamboa recebeu diversos convites para sair do JC - desde outros veículos até de órgãos governamentais, como a Eletrosul. Mas optou por permanecer no jornal, onde se sentia em casa.
Em dezembro do ano passado, Gamboa foi homenageado com a medalha Alberto André pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), como reconhecimento pela sua trajetória no jornalismo gaúcho.
O velório de João Egydio Gamboa será a partir das 9h desta sexta-feira (11) na capela 8 do Cemitério Ecumênico João XXIII, em Porto Alegre. O enterro está previsto para as 20h.

Competência no ofício e amizade dos colegas

Eu já trabalhava com jornalismo, mas ainda não estava no Jornal do Comércio quando, certa vez, ouvi uma história sobre o João Egydio Gamboa, a quem não conhecia. Quem contava era um repórter já veterano, lembrando como fora sua estreia na reportagem no início dos anos 1980. Rememorou que estava preocupado, não sabia direito a quem entrevistar ao fazer a cobertura das entidades empresariais. Ao chegar na pauta, lembrou de dizer "quem me mandou aqui foi o Gamboa", então seu chefe no JC. Foi o que bastou para as portas se abrirem.
Anos depois, no Jornal do Comércio, conheci o Gamboa, que não lembrava da história, mas achou graça. Humilde, não se gabava de seus feitos como jornalista.
Discreto, desempenhava seu ofício e vencia o desafio diário do jornalismo de buscar a informação correta para repassar aos leitores, edição após edição. Desempenhou essa tarefa com competência por 48 anos no JC.
Na redação, Gamboa era bem quisto por todos, e cativava especialmente aos mais jovens, a quem tratava com carinho e respeito. Era uma referência. Um grande colega e amigo de todos.