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Geral

- Publicada em 18 de Dezembro de 2018 às 15:39

Em decisão inédita, estudante de medicina de Porto Alegre é condenado por estupro virtual

Rpaz, que não teve o nome divulgado, havia sido preso no dia 19 de setembro do ano passado

Rpaz, que não teve o nome divulgado, havia sido preso no dia 19 de setembro do ano passado


MP-RS/DIVULGAÇÃO/JC
A justiça condenou um estudante de medicina a 14 anos, 2 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de "adquirir, possuir ou armazenar fotografia com cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente" e "estupro virtual de vulnerável”. A decisão, conforme o Ministério Público gaúcho, é inédita no Estado e foi tomada pela juíza Tatiana Gischkow Golbert, da 6° Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre.
A justiça condenou um estudante de medicina a 14 anos, 2 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de "adquirir, possuir ou armazenar fotografia com cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente" e "estupro virtual de vulnerável”. A decisão, conforme o Ministério Público gaúcho, é inédita no Estado e foi tomada pela juíza Tatiana Gischkow Golbert, da 6° Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre.
O rapaz, que não teve o nome divulgado, havia sido preso no dia 19 de setembro do ano passado, enquanto estava de plantão em um hospital de Porto Alegre, e denunciado em 11 de outubro.
O Jornal do Comércio tentou ouvir o Tribunal de Justiça do RS para confirmar a informação, além de contatar Ministério Público, no começo da tarde. A assessoria de imprensa do MP disse que a informação só seria divulgada nesta quarta-feira (19) e que se tratava de um caso sob sigilo de justiça. Mesmo assim, ficou de repassar dados do processo. Logo após as 15h, o site do Ministério Público publicou notícia sobre o caso.
Para o promotor de justiça da 11º Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, Júlio Almeida, que ofereceu a denúncia contra o estudante, este é um caso sem precedentes, em que mesmo que não tenha havido contato físico, o estupro de vulnerável resta caracterizado.
"Embora abusador e vítima estivessem geograficamente em estados diferentes, pois, o ambiente virtual é capaz de simular o encontro, como se de fato, fisicamente, juntos estivesses e isso, certamente, provocou danos à vítima, que, após o ocorrido passou a manifestar comportamento atípico e a repetir a situação vivenciada por influencia do réu, tanto que, vem recebendo acompanhamento psicológico”, afirma Almeida.
Conforme informações do MP-RS, a investigação começou em abril do ano passado, em São Paulo, quando o pai de um menino de 10 anos percebeu que o filho trocava mensagens de conteúdo sexual com o suspeito. Ele levou o caso à Polícia Civil daquele estado, que rastreou os diálogos e chegou a Porto Alegre, descobrindo que mensagens eram enviadas de computadores da faculdade onde o estudante era aluno.
Em seu apartamento, no bairro Bom Fim, na Capital, foi encontrado um computador contendo mais de 12 mil fotografias de crianças e adolescentes em situação de pornografia. Celular e outros equipamentos também foram recolhidos pelos técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), que acompanharam o cumprimento do mandado de busca e apreensão e iniciaram a perícia nos equipamentos ainda no local.
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