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Meio Ambiente

- Publicada em 11 de Dezembro de 2018 às 01:00

Contaminação por cromo põe Canoas em alerta

A confirmação, por parte da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) da prefeitura de Canoas, da existência de uma "severa contaminação" pelo metal cromo na água do lençol freático, no bairro Niterói, colocou em alerta os órgãos ambientais da cidade e do Estado. O Ministério Público também acompanha o caso.
A confirmação, por parte da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) da prefeitura de Canoas, da existência de uma "severa contaminação" pelo metal cromo na água do lençol freático, no bairro Niterói, colocou em alerta os órgãos ambientais da cidade e do Estado. O Ministério Público também acompanha o caso.
Conforme a prefeitura, técnicos da secretaria estavam investigando as origens da contaminação desde de outubro e, após a confirmação da gravidade e da origem, a empresa responsável foi notificada para realizar os processos de identificação do alcance da contaminação, ou seja, determinar a área exata abrangida pelo contaminante.
A confirmação da contaminação por cromo se deu na semana passada. Na ocasião, o titular da SMMA, Paulo Renato Paim, garantiu que a contaminação é apenas da água subterrânea. "Enfatizamos que a água disponibilizada pela Corsan não apresenta problemas e está apta para consumo, visto que o fornecimento é realizado pela Estação de Tratamento de Água", afirmou. Ainda assim, o secretário pediu para a população evitar o contato direto com a água subterrânea e não a utilizar para consumo e para irrigação de hortaliças e de frutíferas. Enquanto ainda não foi estabelecida a precisa extensão da contaminação, são consideradas áreas de risco as vias localizadas no quadrilátero formado pelas vias Alegrete, BR-116, Minas Gerais e Fernando Ferrari.
O caso é de conhecimento do município desde outubro de 2017, quando uma denúncia foi recebida. Desde então, a prefeitura garante que a empresa foi vistoriada e notificada pelos técnicos da SMMA, e, atualmente, não há novos vazamentos e contaminação.
A prefeitura de Canoas informou ontem que a empresa responsável pela contaminação - que não teve seu nome divulgado - está em conformidade com a legislação que rege o processo de licença ambiental. Atualmente, a licença está em processo de renovação. "Durante esse período, a empresa opera seguindo as condicionantes da licença anterior, e sua situação é considerada legal. O alvará de funcionamento também está em conformidade com a legislação municipal, o que garante o exercício de suas atividades", disse ontem, em nota, o Executivo municipal. Ainda conforme a prefeitura, em razão da contaminação, não será emitida uma nova licença até que sejam cumpridos todos os ritos legais necessários.
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) se manifestou ontem afirmando que, após contato com a SMMA, forneceu as orientações sobre quais os procedimentos a serem tomados relativamente à investigação da contaminação. Segundo o órgão, como o empreendimento causador da contaminação possuía licenciamento ambiental municipal, as etapas de investigação da magnitude a da extensão da contaminação serão conduzidas pela prefeitura. "Ao fim dessa etapa, o responsável pela contaminação deverá solicitar um licenciamento para remediação e monitoramento da área junto à Fepam. Após a solicitação desse processo de licenciamento, a Fepam irá avaliar e monitorar a área impactada", diz a fundação.
O cromo é um metal pesado que, em altas concentrações na água, causa sérios danos à saúde, entre os quais: câncer, hemorragias, trombose cerebral e contaminação de órgãos vitais, como o coração, podendo levar à morte.
JC

Plano para remediar o problema será entregue até o final do mês

De acordo com a prefeitura de Canoas, a empresa causadora do vazamento que originou a contaminação do lençol freático por cromo está colaborando e arcando com os custos da contratação da etapa de investigação detalhada do problema, que irá verificar a real extensão dos danos, tanto de forma vertical (profundidade da contaminação) quanto horizontal (extensão do problema). O plano deverá ser entregue até o final deste mês, para que comece a ser executado a partir de janeiro do próximo ano.
Passada essa etapa, deve ter início a fase de análise de risco e verificação da necessidade de remediação, além da definição das ações necessárias para precaução. A partir disso, o caso segue para análise da Fepam.