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Geral

- Publicada em 06 de Dezembro de 2018 às 13:15

Grupo acusado de fraudes em saúde de Canoas alega 'perseguição política'

Médico Cassio Souto Santos, um dos fundadores do Gamp, foi preso em um hotel em Porto Alegre

Médico Cassio Souto Santos, um dos fundadores do Gamp, foi preso em um hotel em Porto Alegre


MPRS/DIVULGAÇÃO/JC
O Ministério Público gaúcho (MP-RS) chamou de Mega-Sena a megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (6) que aponta fraudes e irregularidades atribuídas a uma organização privada contratada pela prefeitura de Canoas para gerir dois hospitais e seis postos, sendo duas Upas. O caso envolve acusação de que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) superfaturou compra de medicamentos e usou o dinheiro da saúde para despesas como viagens e hospedagem em hotéis de luxo.   
O Ministério Público gaúcho (MP-RS) chamou de Mega-Sena a megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (6) que aponta fraudes e irregularidades atribuídas a uma organização privada contratada pela prefeitura de Canoas para gerir dois hospitais e seis postos, sendo duas Upas. O caso envolve acusação de que o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) superfaturou compra de medicamentos e usou o dinheiro da saúde para despesas como viagens e hospedagem em hotéis de luxo.   
A área de inteligência do MP-RS indicou que, de dezembro de 2016 até agora, a prefeitura de Canoas transferiu R$ 426 milhões ao grupo privado. Deste valor, suspeita-se que pelo menos R$ 40 milhões foram desviados para contas pessoais de integrantes do esquema.
Um dos principais dirigentes do Gamp foi preso em um hotel em Porto Alegre. Michele Aparecida da Câmara Rosin, atual presidente do Gamp, e Cássio Souto Santo, médico que fundou o grupo e é visto como um dos maiores operadores das irregularidades. Também foi preso Marcelo Bósio, que foi secretário de Saúde de Canoas e assinou o contrato com o grupo em 2016. A secretária da Saúde da cidade, Rosa Groenwald e seu adjunto foram afastados por 120 dias para investigação.   
Na metade da manhã, o Gamp emitiu nota sobre a operação e as acusações. "O Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP) informa que irá se manifestar formalmente assim que os advogados tiverem acesso a todo o teor da investigação do Ministério Público Estadual", diz a nota. "O Grupo ressalta, no entanto, que é vítima de um movimento de perseguição política e de empresas contrariadas com o sistema e tem o maior interesse em esclarecer os fatos."
A prefeitura de Canoas divulgou nota em seu site considerando a investigação positiva e que colabora com a apuração. "A atual Administração vem denunciando, antes mesmo de assumir o município, a contratação, realizada no final do governo anterior, pelas deficiências na formatação do edital, que foi conduzido pelo ex-secretário da Saúde, Marcelo Bósio, preso nesta quinta e que deixou a Prefeitura de Canoas em dezembro de 2016", afirma a gestão do prefeito Luiz Carlos Busato. O prefeito anterior era Jairo Jorge.
O município diz que manifestou em setembro de 2017 a intenção da retirada do Gamp da gestão da saúde de Canoas, mas isso não chegou a ocorrer. A prefeitura diz que "trabalhadores da saúde, inclusive os sindicatos, solicitaram que não fossem chamados os próximos colocados na licitação feita em 2016, pois consideravam as demais classificadas piores do que o próprio Gamp".
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