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- Publicada em 29 de Novembro de 2018 às 14:46

Ufrgs lança versão on-line de Atlas Ambiental de Porto Alegre

Projeto pioneiro na literatura internacional reúne acervo de referência sobre a capital gaúcha

Projeto pioneiro na literatura internacional reúne acervo de referência sobre a capital gaúcha


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Bruna Oliveira
Há 20 anos, Porto Alegre despontava como a primeira cidade do mundo a ter o seu próprio Atlas. A obra, inédita na literatura internacional, reúne o maior conjunto de informações sobre o meio ambiente de uma cidade e inaugura, agora, uma nova fase: a digitalização para acesso na internet (acesse aqui). O material é um verdadeiro dossiê da Capital gaúcha e se tornou referência tanto para estudo em sala de aula quanto para embasamento de projetos como o metrô de Porto Alegre.
Há 20 anos, Porto Alegre despontava como a primeira cidade do mundo a ter o seu próprio Atlas. A obra, inédita na literatura internacional, reúne o maior conjunto de informações sobre o meio ambiente de uma cidade e inaugura, agora, uma nova fase: a digitalização para acesso na internet (acesse aqui). O material é um verdadeiro dossiê da Capital gaúcha e se tornou referência tanto para estudo em sala de aula quanto para embasamento de projetos como o metrô de Porto Alegre.
A concepção da publicação impressa iniciou ainda em 1994, a partir de uma parceria do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul com a prefeitura de Porto Alegre e órgãos de pesquisa, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Uma equipe de 234 profissionais investigou o território da cidade, agrupando informações sob aspectos do sistema natural, sistema urbano e da gestão ambiental”, detalha o geólogo e professor da Ufrgs Rualdo Menegat, coordenador-geral do Atlas Ambiental de Porto Alegre. Foram quatro anos até o lançamento, em 1998, resultando em um livro de linguagem moderna com dados de geologia, geomorfologia, solos, hidrografia, fauna, vegetação, clima, áreas de patrimônio ambiental e os impactos urbanos. Além de mapas temáticos, o documento contém aquarelas pintadas à mão e fotografias.
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Além dos mapas temáticos, publicação impressa contém aquarelas pintadas à mão e fotografias. Foto Marcelo G. Ribeiro/JC
O projeto serviu de inspiração para mais de 60 cidades do Brasil e mundo, que hoje possuem suas publicações similares. Em 2000, o Atlas foi exposto na Exposição Universal de Hannover, na Alemanha, em pavilhão cujo tema era a humanidade e a natureza.
A ideia de digitalizar o material surgiu em uma disciplina na própria universidade, ministrada pela professora Ilza Girardi no programa de pós-graduação da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico). A partir daí, criou-se um projeto de extensão, capitaneado pela professora Luciana Mielniczuk, fazendo uma ponte com o Centro de Documentação e Acervo Digital da Pesquisa da Ufrgs (Cedap). “Fizemos estudos para decidir pela melhor qualidade e digitalizamos todas as páginas do Atlas com um scanner de grande formato, preservando a precisão das imagens”, explica Rene Faustino Junior, à frente do projeto junto com o diretor do Cedap, Rafael Port da Rocha.
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Menegat (e), Rocha e Junior destacam que o Atlas é um patrimônio de Porto Alegre. Foto Marcelo G. Ribeiro/JC
O trabalho de digitalização começou em 2017 e será lançado oficialmente nesta sexta-feira (30). Mais de 20 pessoas participaram do processo. Além do conteúdo do Atlas, o site ainda resgata a história da publicação, com fotos e vídeos que contam como nasceu o livro. Segundo a jornalista Fabiana Rossi Freitas, que integra a equipe de trabalho, a plataforma é a materialização de um grande projeto da professora Luciana Mielniczuk. A professora faleceu este ano e é considerada uma referência do jornalismo digital.
Disponível na web, o Atlas tem potencial para atingir ainda mais setores. Seus dados servem de embasamento inclusive para tomada de decisões do poder público sobre obras de infraestrutura, como instalação de dutos de gás e construções que alteram o terreno original, como viadutos e trincheiras.
A utilização do Atlas poderia evitar uma série de situações, como o atraso na obra de construção da trincheira da Rua Anita Garibaldi, por exemplo, que foi paralisada pela descoberta de uma rocha no solo. "No Atlas, é possível ver que todo subsolo porto-alegrense em região de morros possui rochas. Não há surpresas técnicas", diz Menegat.
Uma segunda etapa do processo de digitalização no plano futuro prevê a interatividade da imagem, permitindo ao usuário acessos mais intuitivos da navegação e também a atualização digital dos dados.
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