A empreiteira MTK Construção Civil terá de pagar R$ 30 mil à Ufrgs por dano moral. O valor terá de ser aplicado pela instituição de Ensino Superior em programas de capacitação dos servidores responsáveis pelas atividades fiscalizatórias em contratos administrativos. A empresa poderá recorrer da multa.
A juíza federal Marciane Bonzanini, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, responsabilizou a Ufrgs e a MTK pelos problemas na estrutura do prédio. A universidade foi condenada por falta de fiscalização da obra. O Elefante branco, como o edifício é conhecido, havia sido fechado após pedido do Ministério Público Federal (MPF) em 2014. Para a reabertura, o MPF pediu que a Ufrgs resolvesse os problemas detectados em laudo sobre o prédio.
O MPF apontou que a edificação apresentava falhas graves de construção que inviabilizaram o seu uso por alunos e servidores da instituição. Segundo o órgão, a obra, que custou R$ 6 milhões e foi bancada pela União, foi entregue com inúmeras irregularidades, que não poderiam ter sido ignoradas pela universidade.
A juíza determinou a interdição do prédio e a realocação de estudantes e professores para outras salas. Também foi decretada a indisponibilidade dos bens da empresa. Após a abertura do processo, foram feitos reparos estruturais. A Ufrgs coordenou vistorias periódicas no imóvel e deu andamento aos procedimentos para obtenção do alvará do Corpo de Bombeiros e do habite-se para liberar ao uso.