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Geral

- Publicada em 07 de Novembro de 2018 às 22:29

Eventos em Porto Alegre divulgam trabalho do Médicos Sem Fronteiras

Galvão (esquerda) e Hexsel participaram de missões fora do Brasil

Galvão (esquerda) e Hexsel participaram de missões fora do Brasil


MARCO QUINTANA/JC
Suzy Scarton
Reproduzir as percepções sensoriais de pessoas que foram obrigadas a deixar a própria pátria em função de conflitos, perseguições ou desastres naturais, em busca de condições dignas de vida, é a missão da exposição Pessoas em Movimento, promovida pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) pela primeira vez em Porto Alegre, no Shopping Iguatemi. Com mais de 42 mil profissionais vinculados, a MSF atua em 72 países e coordena, atualmente, 462 projetos de ajuda humanitária.
Reproduzir as percepções sensoriais de pessoas que foram obrigadas a deixar a própria pátria em função de conflitos, perseguições ou desastres naturais, em busca de condições dignas de vida, é a missão da exposição Pessoas em Movimento, promovida pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) pela primeira vez em Porto Alegre, no Shopping Iguatemi. Com mais de 42 mil profissionais vinculados, a MSF atua em 72 países e coordena, atualmente, 462 projetos de ajuda humanitária.
Coordenador do evento, o promotor de saúde Diogo Galvão explica que, para a MSF, não importa se a pessoa é refugiada, solicitante de asilo ou deslocado interno. "Para nós, são pessoas que precisam fugir", resume. Galvão passou seis meses em missão no Sudão do Sul trabalhando com conscientização e com prevenção na questão da violência sexual, da saúde da mulher e da malária. "Os promotores de saúde treinam as equipes locais, que, depois, vão às comunidades, casa por casa, para educar. "Fazemos a conscientização: ensinar que é preciso procurar assistência médica o quanto antes em caso de violência sexual, por exemplo, para evitar HIV ou gravidez", conta, citando as barreiras culturais e sociais como obstáculos a serem vencidos no processo. A missão da equipe não é mudar a cultura, e sim transformar alguns comportamentos de saúde que são de risco.
O psiquiatra Alberto Hexsel se juntou à MSF em 2006. Desde então, participou de sete missões diferentes. Como trabalha em Passo Fundo, Hexsel realiza as missões nos meses de férias. "É difícil descrever, é uma realidade que não tem por aqui. Ver uma criança desnutrida, por exemplo, é muito chocante. Conviver com pessoas cujos tratamentos já não funcionam, que tu sabes que estão condenadas, é sempre impactante", explica. Apesar de ir às missões como psiquiatra, por vezes, Hexsel precisa atuar em outras especialidades. Explica, porém, que a intenção da MSF é servir como suporte às comunidades locais, uma vez que a presença do grupo humanitário não é permanente.
Mesmo que seja uma entidade independente, a Médicos Sem Fronteiras respeita os limites estabelecidos pelos governos locais. Como a ideia não é assumir exclusivamente o atendimento a uma determinada população, tudo é feito de maneira que o governo fique no controle quando as equipes se retirarem. Por enquanto, a MSF não identificou necessidade de auxiliar populações brasileiras. Ainda está em discussão um projeto para Roraima, em função do grande número de refugiados venezuelanos que chegam ao Brasil pelo estado.
Para garantir a independência, a imparcialidade e a neutralidade da atuação em diversos países, a organização não recebe doações governamentais, dependendo de contribuições de pessoas físicas, que podem ser feitas no site https://www.msf.org.br, no link Doador sem Fronteiras. Embora os serviços prestados sejam da área da saúde, profissionais de outras áreas, como administradores, engenheiros e farmacêuticos, por exemplo, também são recrutados.
Os contratados também recebem salário, ou seja, o trabalho não é voluntário. Interessados podem aproveitar a agenda de eventos da MSF, que ocorrem até sábado na Capital. Informações no site www.msf.org.br/conexoes
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