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Saúde

- Publicada em 06 de Novembro de 2018 às 22:21

Beneficência não tem previsão de quando atenderá pelo SUS

Hospital reabriu as portas no final de agosto

Hospital reabriu as portas no final de agosto


MARCO QUINTANA/JC
Reaberto à população no final de agosto, o Hospital Beneficência Portuguesa (HBP), em Porto Alegre, ainda não está atendendo pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e tudo indica que essa modalidade de atendimento não deve estar disponível tão cedo. Enquanto a Associação Beneficente São Miguel (ABSM) alega estar em negociação com a prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que não há intenção de contratualizar serviços com o hospital privado.
Reaberto à população no final de agosto, o Hospital Beneficência Portuguesa (HBP), em Porto Alegre, ainda não está atendendo pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e tudo indica que essa modalidade de atendimento não deve estar disponível tão cedo. Enquanto a Associação Beneficente São Miguel (ABSM) alega estar em negociação com a prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que não há intenção de contratualizar serviços com o hospital privado.
De acordo com a pasta, foi feita uma proposta para que a instituição quite o débito junto ao município, estimado em R$ 8 milhões (não corrigidos), por meio de procedimentos diagnósticos e terapêuticos, diminuindo as listas de espera. Depois que esse valor for quitado, a gestão municipal avaliará a necessidade de uma nova contratação, uma vez que a prefeitura se encontra em "forte momento de expansão da rede assistencial, assim como da qualidade dos serviços prestados". O contrato com o HBP foi rescindido pelo Executivo em novembro de 2017, uma vez que a antiga gestão não foi capaz de executar plenamente os serviços e descumpriu condições de habilitação (não regularização da certidão positiva de débitos trabalhistas).
Em julho deste ano, a associação assumiu a gestão do hospital. Depois de nove meses praticamente fechado, o atendimento à população foi retomado no final de agosto, exclusivo a pacientes vinculados a 18 convênios de saúde e particulares. Por enquanto, não há previsão para que o Beneficência receba pacientes do SUS, embora o presidente da ABSM, Ricardo Pigatto, garanta que há interesse e capacidade para fazê-lo. O hospital funciona, atualmente, com nove leitos de observação no pronto-atendimento, quatro poltronas para ministrar medicamentos e 22 leitos de internação. Outros 26 leitos estão prontos, mas ainda não estão em funcionamento.
Para dezembro, Pigatto prevê a reinauguração do bloco cirúrgico, que envolve sete salas de cirurgia, 11 leitos de observação do pós-operatório, dez leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 26 leitos de enfermaria. A reforma ocorre dentro do prazo, sem transtornos. Com capacidade para 150 atendimentos de ambulatório por dia, o movimento no Beneficência ainda é fraco - em média, 12 atendimentos diários. "É importante que a população saiba que estamos de portas abertas para recebê-la", salienta Pigatto.
Durante os meses em que o local ficou fechado, o Hospital Sírio-Libanês prestou consultoria ao estabelecimento e concluiu que o passivo, além do valor devido à prefeitura, é de R$ 81 milhões. Uma equipe própria da associação também está analisando os valores, mas ainda não chegou a uma conclusão. Por enquanto, está sendo feito um levantamento de credores, que podem se cadastrar no site http://www.credoreshbp.com.br/. O processo será executado em três etapas, sendo a primeira delas a apuração total do passivo e a abertura de website para cadastro com vigência de 30 dias. As próximas etapas serão anunciadas no site. A intenção é que, aos poucos, os credores sejam contatados para a efetivação do processo de renegociação e de inadimplemento dos créditos.

Porto Alegre amplia acesso a atendimentos de ortopedia e reduz 50% da fila de espera

A espera por atendimentos em ortopedia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) reduziu praticamente pela metade em Porto Alegre nos últimos oito meses. Em janeiro deste ano, havia 26.335 solicitações no sistema informatizado de regulação da Secretaria Municipal de Saúde. Em setembro, o número caiu para 13.494. Os dados são da prefeitura da Capital.
Entre as estratégias adotadas, estão ações internas e de regulação da fila, ampliação do atendimento com teleconsultorias do Telessaúde-RS e aumento da oferta de primeiras consultas. A primeira ampliação de oferta ocorreu em janeiro, com 396 novas consultas ao mês oferecidas no Hospital Independência. A segunda foi em setembro, com 260 consultas mensais do Hospital Restinga Extremo-Sul. A oferta pulou de 590 consultas mensais em 2017 para cerca de 1,2 mil em outubro de 2018. Atualmente, todos os casos reclassificados e regulados com prioridade vermelha ou laranja conseguem consultar um ortopedista em menos de 30 dias.
Em média, são solicitadas cerca de 900 novas consultas de ortopedia por mês na Capital. Da oferta total, 45% é destinada a usuários de outros municípios gaúchos, regulada pela central estadual, e 55% para moradores de Porto Alegre.
Neste mês, a prefeitura também conseguiu zerar a fila de espera por consultas dermatológicas - de 5.830 em janeiro de 2017 para zero em novembro. O número de encaminhamentos caiu de 1.183 para 714 por mês. O paciente mais antigo estava na lista de espera desde julho de 2016. Hoje, os atendimentos são realizados em menos de 30 dias, sendo considerados sem demanda reprimida. Segundo a prefeitura, o uso da telemedicina foi crucial para alcançar a meta.