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Geral

- Publicada em 31 de Outubro de 2018 às 01:00

Estudante gaúcha vence 29º Prêmio Jovem Cientista

Juliana (c) desenvolveu técnica para reaproveitamento de resíduos do maracujá

Juliana (c) desenvolveu técnica para reaproveitamento de resíduos do maracujá


RICARDO FONSECA/MCTIC/DIVULGAÇÃO/JC
O Rio Grande do Sul foi destaque ontem na cerimônia de premiação dos vencedores do 29º Prêmio Jovem Cientista, realizada na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. Juliana Davoglio Estradioto, estudante do 4º ano do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Osório, conquistou o primeiro lugar na categoria Ensino Médio. Já na categoria Mérito Institucional no Ensino Superior, a premiada foi a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
O Rio Grande do Sul foi destaque ontem na cerimônia de premiação dos vencedores do 29º Prêmio Jovem Cientista, realizada na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. Juliana Davoglio Estradioto, estudante do 4º ano do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Osório, conquistou o primeiro lugar na categoria Ensino Médio. Já na categoria Mérito Institucional no Ensino Superior, a premiada foi a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
A estudante de Osório conquistou o primeiro lugar com o trabalho "Desenvolvimento de Filme Plástico Biodegradável a partir da Fibra Residual do Maracujá", orientado pela professora Flávia Santos Twardowski Pinto. O projeto da jovem de 17 anos teve duas motivações: o excesso de restos orgânicos gerados pelo cultivo do maracujá-amarelo, causando acúmulo de lixo e contaminação do solo, água e lençol freático; e o impacto da produção mundial de plásticos no ambiente - estudos estimam que em 2050 haverá, em peso, mais plástico do que peixes nos oceanos.
"Conversei com minha professora orientadora sobre meu interesse em trabalhar com os agricultores familiares da minha região, já que meu pai é engenheiro agrônomo. O maracujá, depois de processado, gera 60% de resíduo, que são as cascas. Elas são descartadas no meio ambiente, por isso comecei a estudar para buscar uma solução para esse problema ambiental da minha região", explica Juliana. Com a aplicação do método "casting", de criação de embalagens comestíveis, a estudante conseguiu reutilizar o resíduo do maracujá.
Juliana dedicou o primeiro lugar a sua orientadora. "Muito legal falar desse projeto. É meu primeiro contato com a ciência. Eu identifiquei esse problema do desperdício e descarte das cascas de maracujá, após a produção de sucos e geleias, na região onde moro. Foi graças ao contato com minha orientadora que eu descobri esse mundo da ciência, uma jornada de descobertas através da pesquisa", disse na cerimônia.
A estudante também comentou a importância do incentivo à ciência e à pesquisa aos estudantes de Ensino Médio. "Vemos muitos cientistas antigos em aula, como Einstein e Newton. Mas ninguém da nossa idade. É muito importante um prêmio destes para incentivar gente da nossa idade."
A Ufrgs foi premiada por ter sido a instituição de Ensino Superior que teve o maior número de trabalhos qualificados com mérito científico inscritos. "O prêmio é um reconhecimento a todo o trabalho que a instituição vem fazendo através das pesquisas de seus alunos e professores. Acredito que a ciência é importante nos âmbitos sociais e humanos, trabalhando para melhorar a qualidade de vida das pessoas", destacou a vice-reitora Jane Tutikian.
Criado em 1981, o prêmio reconhece estudantes, pesquisadores e instituições de ensino que buscam enfrentar os desafios do País. A 29ª edição é uma iniciativa do CNPq/Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Banco do Brasil, e apoio Embaixada do Reino Unido no Brasil.
 
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