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Geral

- Publicada em 15 de Outubro de 2018 às 01:00

Projeto usa vídeos para promover adoção de jovens e adolescentes

Igor Natusch
Daniel e Matheus são irmãos inseparáveis. O mais novo da dupla, Daniel, com 14 anos, sonha em fazer carreira como jogador de futebol. Matheus faz estágio na Secretaria de Educação de Tapes e quer ser designer de games ou programador. Os dois residem em um abrigo há nove anos e ainda buscam uma família que os adote e ofereça suporte a seus sonhos. Para ajudar os irmãos, e também outros jovens e adolescentes a encontrar um novo lar, o projeto Adoção Tardia elaborou, junto ao Judiciário e grupos de apoio à adoção, um vídeo apresentando a história dos dois.
Daniel e Matheus são irmãos inseparáveis. O mais novo da dupla, Daniel, com 14 anos, sonha em fazer carreira como jogador de futebol. Matheus faz estágio na Secretaria de Educação de Tapes e quer ser designer de games ou programador. Os dois residem em um abrigo há nove anos e ainda buscam uma família que os adote e ofereça suporte a seus sonhos. Para ajudar os irmãos, e também outros jovens e adolescentes a encontrar um novo lar, o projeto Adoção Tardia elaborou, junto ao Judiciário e grupos de apoio à adoção, um vídeo apresentando a história dos dois.
É a terceira campanha do tipo promovida pela instituição, que usa as redes sociais como forma de sensibilizar a respeito dos jovens e adolescentes que aguardam por um lar definitivo. "Eles estão em uma casa maravilhosa, com uma equipe técnica fantástica, mas não é a mesma coisa que estar com uma família", diz a coordenadora do Adoção Tardia, Simone Uriartt. "Daqui a pouco tempo, eles terão 18 anos, precisarão andar com as próprias pernas, e é muito melhor que isso aconteça com uma família a seu lado."
No momento, mais de 8,4 mil crianças e jovens estão aptos para adoção no Brasil. A conta referente aos mais velhos, porém, não fecha: enquanto 92% dos potenciais adotantes demonstram interesse apenas em menores de sete anos, 70% dos aptos está acima dessa idade. Além disso, vários jovens e adolescentes acima dessa faixa fazem parte de grupos de irmãos, e a recomendação da Justiça é que seja feito de tudo para que não sejam separados na adoção - um procedimento importante para manter os laços afetivos mais sólidos, mas que limita ainda mais o espectro de famílias em condições de recebê-los.
Simone elaborou o projeto a partir da experiência pessoal. Filha por adoção, ela faz parte de um grupo de cinco irmãos biológicos, dos quais os dois mais velhos não encontraram uma nova família. "Criou-se quase que um abismo, por eles não terem crescido em um ambiente familiar acolhedor, com carinho, amor, e oportunidades de educação e trabalho", explica.
Iniciado em 2014, o projeto logo incorporou a ideia de contar histórias de famílias que adotaram crianças maiores, mostrando casos de sucesso como forma de sensibilizar pessoas. A partir do final do ano seguinte, a atuação ganhou outra direção, com uma primeira campanha voltada à adoção de uma adolescente em Farroupilha.
"Hoje, se formos olhar no cadastro de pretendentes, não vai ter ninguém querendo adotar pessoas de 15, 16 ou 17 anos", acentua Simone. "Contar a história desses adolescentes e mostrar o rosto deles, inclusive na internet, pode parecer um risco, mas acreditamos que vale a pena nesses casos."
Quem quiser mais informações sobre Daniel e Matheus, e tiver interesse em assistir os vídeos sobre os dois ou esclarecer dúvidas gerais sobre adoção, pode contatar a Adoção Tardia no Facebook, pelo perfil www.facebook.com/adocaotardia. Confira o vídeo com a história dos irmãos abaixo:
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