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Geral

- Publicada em 10 de Outubro de 2018 às 21:36

Polícia investiga agressão a jovem que portava bóton com '#EleNão'

A jovem apresentou marcas feitas com canivete que lembram a suástica nazista

A jovem apresentou marcas feitas com canivete que lembram a suástica nazista


FACEBOOK/DIVULGAÇÃO/JC
Luis Filipe Gunther
A polícia gaúcha começou a investigar em Porto Alegre o caso da jovem de 19 anos que registrou ocorrência por agressão física atribuída a três homens que teriam reagido ao fato de ela ter fixado na mochila um bóton com #EleNão. A hashtag foi criada para representar o movimento, inicialmente de mulheres, contra Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República que está no segundo turno. A jovem, cujo nome não foi divulgado, apareceu com marcas feitas na região próxima ao abdomên, que lembram a suástica, maior símbolo do nazismo.
A polícia gaúcha começou a investigar em Porto Alegre o caso da jovem de 19 anos que registrou ocorrência por agressão física atribuída a três homens que teriam reagido ao fato de ela ter fixado na mochila um bóton com #EleNão. A hashtag foi criada para representar o movimento, inicialmente de mulheres, contra Jair Bolsonaro, candidato a presidente da República que está no segundo turno. A jovem, cujo nome não foi divulgado, apareceu com marcas feitas na região próxima ao abdomên, que lembram a suástica, maior símbolo do nazismo.
A moça prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (10) na 1ª Delegacia de Polícia na Capital. Ela contou que foi agredida no bairro Cidade Baixa, próximo ao Centro, na segunda-feira (8). Diferentemente do boletim de ocorrência registrado na 2ª DP nessa terça-feira (9), a vítima afirmou que não estava vestindo uma camisa com estampa do movimento contrário a Bolsonaro, mas o bóton. No mesmo dia, ela fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na Capital. 
O delegado da 1ª DP Paulo César Jardim explicou que a agressão foi realizada por três homens brancos que estavam passando pelo colégio Pão dos Pobres, às 20h de segunda, horário em que a jovem chegava do Centro Histórico. Ao se depararem com o objeto na mochila, os agressores teriam começado a agredi-la verbalmente “aos gritos de que deveria morrer”. Ela contou que respondeu em sua defesa. A partir daí, os três homens partiram para atos violentos. Com um estilete, teriam desenhado na pele da jovem, próximo ás costelas, o símbolo. 
Jardim diz que a inscrição lembra mais desenho do Budismo. O delegado, que é um dos maiores especialistas em crimes de neonazismo no Rio Grande do Sul, afirmou que a suástica não caracteriza esse tipo de ocorrência. Jardim explicou que os símbolos se diferenciam pelas linhas e direções. De acordo com o delegado, o budista é formado por linhas no sentido horário. Já a suástica, que é baseada em símbolo religioso, é desenhada no sentido anti-horário. “Porém, não podemos confirmar, enquanto não forem conhecidos os agressores”, afirma o responsável pela investigação.
A Polícia Civil busca testemunhas e imagens que comprovem a agressão. "Por ter chegado ao nosso conhecimento apenas às 12h desta quarta, isso retardou a nossa atuação. Já foi feita a coleta de exames para a perícia, que deverá ser liberada já no começo da próxima semana", completou o delegado. A jovem está sendo assistida por cinco advogados, dois deles da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. 
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