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Geral

- Publicada em 01 de Outubro de 2018 às 01:00

Terminal Triângulo está há quatro anos destelhado

Sem a cobertura, estrutura de metal está ficando enferrujada

Sem a cobertura, estrutura de metal está ficando enferrujada


MARCO QUINTANA/JC
Isabella Sander
Situado na Zona Norte de Porto Alegre, o Terminal Triângulo, na avenida Assis Brasil, está há quase quatro anos destelhado em parte de sua estrutura. O problema começou no final de 2014, durante um temporal que fez voar parte da cobertura. Hoje, usuários de ônibus e pessoas que trabalham no local reclamam que precisam ficar de guarda-chuva aberto nos dias de chuva mesmo quando estão debaixo do terminal. Sem a cobertura, a própria estrutura de metal está ficando enferrujada e danificada pela água.
Situado na Zona Norte de Porto Alegre, o Terminal Triângulo, na avenida Assis Brasil, está há quase quatro anos destelhado em parte de sua estrutura. O problema começou no final de 2014, durante um temporal que fez voar parte da cobertura. Hoje, usuários de ônibus e pessoas que trabalham no local reclamam que precisam ficar de guarda-chuva aberto nos dias de chuva mesmo quando estão debaixo do terminal. Sem a cobertura, a própria estrutura de metal está ficando enferrujada e danificada pela água.
O acesso ao terminal se dá pela rua, na sinaleira existente em ambos os sentidos da Assis Brasil, ou pelo túnel com saída também para os dois lados da avenida. Apesar de evitar o transtorno de aguardar o tempo até o fechamento do sinal, o túnel é evitado pelos usuários à noite. "Uma mulher foi assaltada no final da tarde ali, levaram celular e carteira", conta Gerson Silveira Colveiro, de 42 anos, que vende bebidas e salgadinhos no local.
Entre os usuários ouvidos pela reportagem do Jornal do Comércio, é consenso de que não há policiamento permanente no terminal - há apenas seguranças particulares, em horário comercial, que permanecem perto do posto de recarga de créditos dos cartões TRI e TEU. A presença deles coíbe assaltos na superfície, mas não no túnel, de acordo com os cidadãos.
Colveiro trabalha há cinco anos como vendedor licenciado. No inverno, revela que as vendas caem muito, porque as pessoas evitam o terminal. "É água por tudo, por causa da falta de telhado. A prefeitura vem ver como está, diz que vai fazer a reforma e não faz", reclama. Os vendedores, de acordo com ele, estariam dispostos a ajudar nas melhorias, implantando mais iluminação e até participando dos consertos, desde que a prefeitura resolvesse o problema do destelhamento. "Mas eles não querem", dispara. Por outro lado, o comerciante elogia o trabalho do Departamento Municipal de Limpeza Urbana no local.
Inaugurado em 2004, o terminal conta com espaço para quatro elevadores, a fim de garantir a acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Nenhum deles, no entanto, está funcionando, e um dos vãos nunca recebeu a instalação de um elevador. "Idosos e cadeirantes que vêm se consultar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), aqui do lado, precisam subir no terminal. Tentamos ajudar, mas é muita escada", comenta um homem que trabalha no local, mas preferiu não se identificar. O Terminal Triângulo não conta com rampas de acesso, e as escadas rolantes estão estragadas.
Izanete Bruno, de 51 anos, usa o terminal há dez para descer de um ônibus ao vir do trabalho, no bairro Jardim Sabará, e pegar outro para ir para casa, em Gravataí. Não reclama da falta de elevador e de escada rolante, mas sente falta do telhado e de maior segurança no local. "Felizmente, nunca aconteceu nada aqui comigo, mas também não pego ônibus à noite", comenta.
A opinião é compartilhada por Janine Gonçalves Garcia, de 26 anos, que trabalha perto do Triângulo. "Não há nenhuma manutenção. Quando chove, preciso manter o guarda-chuva aberto até o ônibus chegar", salienta. A jovem também não pega ônibus à noite, mas gostaria que houvesse policiais ou guardas no terminal permanentemente. "Só vejo agentes da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) por aqui, e, mesmo assim, não resolvem, já que os ônibus estão precários", avalia.
Maicon Martinho de Souza, de 35 anos, acha que o terminal "está atirado". "Quando chove, sempre me molho", critica. Ele mora no bairro Sarandi e, de vez em quando, precisa pegar ônibus no local. Evita, entretanto, ir à noite. "Dependendo da hora, é perigoso. No túnel tem morador de rua, às vezes pessoas vendendo coisas ilícitas. É um clima tenso."
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informa, em nota, que tem conhecimento da situação dos terminais da Capital. Nesse contexto, estuda alternativas para avançar nas demandas, "apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela prefeitura, especialmente no que diz respeito à manutenção estrutural dos terminais (pavimento, iluminação, estrutura, escada rolante e elevadores)". 
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