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- Publicada em 17 de Setembro de 2018 às 22:38Novo currículo para escolas gaúchas deve ser homologado até 30 de novembro
Igor Natusch
O texto que vai dar diretrizes para a aplicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na Educação Infantil e no Ensino Fundamental do Estado começou a ser oficializado ontem. Um seminário, ocorrido no auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, explicou o processo utilizado para elaboração da versão gaúcha do currículo, que incorpora aspectos culturais e territoriais ao processo de aquisição de competências que norteia, conceitualmente, a BNCC em escala nacional. A ideia é que a nova lógica comece a valer nas salas de aula já a partir do ano que vem.
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O texto que vai dar diretrizes para a aplicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na Educação Infantil e no Ensino Fundamental do Estado começou a ser oficializado ontem. Um seminário, ocorrido no auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, explicou o processo utilizado para elaboração da versão gaúcha do currículo, que incorpora aspectos culturais e territoriais ao processo de aquisição de competências que norteia, conceitualmente, a BNCC em escala nacional. A ideia é que a nova lógica comece a valer nas salas de aula já a partir do ano que vem.
A iniciativa está sendo conduzida pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS). O documento, já incorporando as últimas contribuições, será entregue ao Conselho Estadual de Educação (Ceed) e à União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação no próximo dia 26.
Uma vez protocolada a entrega, o Ceed tem até 30 de novembro para homologar o documento. A partir da assinatura, os municípios passam a elaborar suas especificidades, já levando em conta a implementação no próximo ano letivo.
As discussões da Comissão Estadual de Mobilização da BNCC, responsável por sistematizar as contribuições locais à nova base, se iniciaram em fevereiro deste ano. Após três rodadas de consulta pública, e com uma ferramenta on-line disponível para sugestões, foram registradas cerca de 120 mil contribuições de professores, boa parte delas incorporadas ao texto atual. A ideia é que as alterações não modifiquem o caráter das competências e habilidades delimitadas na BNCC, mas que complementem e adaptem o texto às particularidades de cada região.
"Foi um processo de imersão", resume Marléa Ramos Alves, coordenadora estadual da BNCC pela Undime. Segundo ela, o trabalho da comissão buscou referendar as particularidades regionais gaúchas, e segue aberto a mudanças, já que os municípios poderão adaptar sua implementação às especificidades de seu território. "O currículo não é estanque, vai estar sempre sendo construído, mas acho que é um grande desafio fazer com que ele aconteça lá na ponta, na sala de aula."
Segundo Sônia Rosa, diretora pedagógica da Seduc, 441 cidades gaúchas (88,7%) assinaram o termo de adesão, e 380 delas tiveram atividades de formação nos últimos meses. A ideia é, justamente, facilitar o processo de materialização da nova lógica nas escolas de cada cidade. "O BNCC não engessa os currículos, muito pelo contrário: ele é um norteador para as soluções que cada escola vai encontrar. O currículo é e sempre será vivo, e sempre se dará no ambiente da própria escola", garante.
"O Brasil enfrenta desafios imensos, e não é por fora da educação que vamos superá-los, mas sim por dentro dela", afirma o secretário estadual de Educação, Ronald Krummenauer. "Quase todos os nossos alunos são nascidos já neste século, e o que vão enfrentar é muito diferente do que nós, os velhinhos do século XX, vivenciamos. O mundo era outro, e vem mudando constantemente. A educação precisa acompanhar isso."
