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Geral

- Publicada em 12 de Setembro de 2018 às 21:47

Buracos se espalham pelas vias de Porto Alegre

Veículos precisam estar atentos para desviar de crateras na Oscar Pereira

Veículos precisam estar atentos para desviar de crateras na Oscar Pereira


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Igor Natusch
Mais do que um indesejável teste para a atenção dos motoristas, os buracos em ruas e avenidas de Porto Alegre têm se mostrado uma realidade, sendo verificados nas mais diferentes áreas da cidade. Além de disseminado, o problema não dá sinais de ceder. Nos últimos meses, a população aumentou o tom e a frequência nas reclamações, o que leva a prefeitura de Porto Alegre a projetar um novo modelo para pavimentação e reparos, ainda sem data de implementação.
Mais do que um indesejável teste para a atenção dos motoristas, os buracos em ruas e avenidas de Porto Alegre têm se mostrado uma realidade, sendo verificados nas mais diferentes áreas da cidade. Além de disseminado, o problema não dá sinais de ceder. Nos últimos meses, a população aumentou o tom e a frequência nas reclamações, o que leva a prefeitura de Porto Alegre a projetar um novo modelo para pavimentação e reparos, ainda sem data de implementação.
As queixas são numerosas. Na rua General João Telles, no bairro Bom Fim, há um buraco de grandes dimensões na altura do número 78, junto ao meio fio, exigindo habilidades especiais dos motoristas que trafegam pelo trecho. Na tarde de ontem, um veículo tinha conseguido estacionar sobre a parte mais profunda do desnível. Segundo populares, o problema tem se manifestado, pelo menos, desde o começo deste ano.
Na rua Barão de Ubá, no Bela Vista, vários trechos da via estão comprometidos. No Alto Petrópolis, na rua Victorino de Andrade Pinto, o que menos se vê é asfalto. Mais para a área central, no bairro Azenha, qualquer um que use alguma das linhas de ônibus que passam pelo trecho final da Oscar Pereira, próximo da ligação com a avenida Princesa Isabel, poderá dar testemunho dos muitos solavancos diários no local.
Os problemas são verificados também em trechos onde foram realizados reparos recentes. Na avenida Wenceslau Escobar, perto da esquina com a Castro de Menezes, parte do solo cedeu há cerca de uma semana, abrindo uma grande cratera na via. Trechos da Protásio Alves igualmente passaram por medidas emergenciais, mas ainda há buracos acentuados em vários pontos, como na altura do número 8.601.
A situação tem provocado não apenas a insatisfação dos moradores, mas também a busca de alternativas, ainda que precárias, para evitar acidentes e danos aos veículos. Em bairros como Cidade Baixa e Cavalhada, populares anônimos pegaram latas de tinta e fizeram sinalizações por conta própria, circulando ou apontando setas para algumas crateras especialmente perigosas.
De qualquer modo, não é possível dizer que tudo que envolve o mau estado de ruas e avenidas reverte em prejuízo. Visitando algumas borracharias da Capital, é possível constatar que várias delas registram um aumento considerável na clientela nos últimos meses. A demanda maior, segundo os borracheiros, tem sido por reparos em pneus cortados e rodas entortadas em alguma passagem abrupta pelos buracos da cidade.
"Cresceu de uns tempos para cá, sim", diz Cláudio Conceição, da Borracharia e Socorro Mecânico Tio Patinhas, na rua Olavo Bilac. Segundo ele, tornou-se relativamente comum veículos que transitam pela rua Santana irem diretamente a seu estabelecimento, logo após terem contato com algumas das oscilações da via. Mas o pequeno aumento nos lucros não deixa Conceição muito feliz. "A gente não quer ganhar dinheiro por causa disso. Não adianta nada ficar bom para a gente e ruim para quem está dirigindo na rua. A prefeitura cobra todos os impostos que têm direito e não dá proteção nenhuma para a população", critica.
O mais recente balanço da Operação Tapa-Buracos, divulgado na terça-feira pela prefeitura da Capital, dá conta de serviços executados em 89 vias, entre os dias 27 de agosto e 8 de setembro. De acordo com o Executivo municipal, 838 pontos foram atendidos desde o final de abril, quando os esforços teriam sido intensificados. No momento, são seis equipes trabalhando, sendo três da prefeitura e três terceirizadas - um número que, a julgar pelas crescentes reclamações, não está dando conta da demanda.
A prefeitura admite, na publicação do balanço, que está priorizando atendimento de demandas represadas - em especial, as recebidas pelo telefone 156. A grande quantidade de chuvas nas últimas semanas teria atrasado muitas intervenções, além de ampliar problemas em áreas mais vulneráveis. De acordo com a prefeitura, um novo cronograma para cobertura de buracos e melhorias estruturais em vias de Porto Alegre deve ser divulgado nos próximos dias. Detalhes adicionais, no entanto, ainda estão sendo tratados internamente.
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