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Geral

- Publicada em 21 de Agosto de 2018 às 23:27

Situação do Porto Seco continua indefinida

Barracões estão há meses sem energia elétrica

Barracões estão há meses sem energia elétrica


CLAITON DORNELLES /JC
Igor Natusch
Depois de um 2018 triste, sem os tradicionais desfiles de escolas de samba em Porto Alegre, a comunidade carnavalesca corre atrás da máquina para garantir a retomada da festa no ano que vem. Para que isso seja possível, a solução do impasse que envolve o Complexo Cultural do Porto Seco, na Zona Norte da Capital, tem importância central. A cedência do espaço às entidades que organizam a folia está assinada desde janeiro, mas a definição de um parceiro para gerir o local e os reparos ainda pendentes por parte da prefeitura impedem uma ocupação definitiva.
Depois de um 2018 triste, sem os tradicionais desfiles de escolas de samba em Porto Alegre, a comunidade carnavalesca corre atrás da máquina para garantir a retomada da festa no ano que vem. Para que isso seja possível, a solução do impasse que envolve o Complexo Cultural do Porto Seco, na Zona Norte da Capital, tem importância central. A cedência do espaço às entidades que organizam a folia está assinada desde janeiro, mas a definição de um parceiro para gerir o local e os reparos ainda pendentes por parte da prefeitura impedem uma ocupação definitiva.
Hoje, a área se encontra em situação precária, com instalações degradadas e sem energia elétrica. De acordo com o secretário adjunto de Cultura de Porto Alegre, Leonardo Maricato, falta repor cerca de 50% da rede elétrica do Porto Seco antes de entregá-lo, de forma definitiva, às agremiações. Em abril, ocorreu o furto de cerca de 1,8 quilômetro da rede subterrânea de alta tensão, e parte da fiação dos postes de luz também desapareceu.
Os estudos para reposição, a cargo da Divisão de Iluminação Pública da Capital, já estariam próximos de conclusão, faltando encaminhar o projeto de lei necessário para bancar a medida. Não há, no momento, um custo definido para a reinstalação. Seja como for, Maricato acredita que a questão possa estar resolvida em um prazo de 30 a 40 dias.
Apenas após a reposição da rede serão efetuados serviços de roçada e capina, além da remoção de grandes quantidades de caliça que ainda existem no local. "Não adianta trabalhar duas vezes, menos ainda em uma situação de escassez de recursos como a do município. Quando a rede estiver pronta, faremos a limpeza", assegura Maricato.
Uma divergência entre as escolas de samba e a prefeitura refere-se ao cercamento do Porto Seco. Atualmente, os portões estão inutilizados, e a maior parte da cerca foi destruída. Segundo as entidades carnavalescas, esses reparos também cabem à prefeitura, mas a Secretaria Municipal da Cultura afirma que as medidas não constam no termo de cedência do complexo. "Estamos tentando auxiliar, e podemos executar (as obras), caso haja material disponível", ameniza o secretário adjunto.
Em paralelo, a Liga da Escolas de Samba de Porto Alegre (Liespa) e a União das Escolas de Samba do Grupo de Acesso de Porto Alegre (Uecgapa), que ocuparão a área assim que as benfeitorias forem entregues pela prefeitura, buscam uma parceria para tornar viável a manutenção do espaço de 28 hectares. De acordo com o presidente da Liespa, Juarez Gutierres, definiu-se um modelo no qual a empresa parceira terá a possibilidade de explorar comercialmente as estruturas, enquanto as entidades carnavalescas manterão a parte técnica da gestão em seu controle.
"Houve divergências entre as duas ligas, mas, hoje, afinamos os instrumentos e estamos tocando no mesmo tom", garante Gutierres. Segundo ele, as negociações com uma empresa interessada estão em andamento, e a Liespa teve, na segunda-feira, uma reunião com a prefeitura para discutir o tema. Embora evite dar prazos para uma definição, o presidente da Liespa descarta que o Porto Seco seja "um elefante branco" e adota postura otimista. "Acho que a chegada da primavera será florida para a comunidade carnavalesca de Porto Alegre", anima-se.
 
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