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Geral

- Publicada em 24 de Julho de 2018 às 22:34

Usina vai transformar resíduos em energia

Prefeito Guilherme Pasin garante que cooperativas serão inseridas na planta

Prefeito Guilherme Pasin garante que cooperativas serão inseridas na planta


MARCO QUINTANA/JC
Igor Natusch
A prefeitura de Bento Gonçalves, na Serra, lançou ontem o edital de um projeto que é tratado como pioneiro na gestão de resíduos sólidos do País. Por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), será erguida uma usina de tratamento e eliminação de resíduos, transformando o material em energia alternativa, capaz de produzir, a cada hora, eletricidade para abastecer 2 mil casas no município. A ideia é que, até o primeiro semestre do ano que vem, a unidade já esteja em pleno funcionamento e recebendo todo os resíduos não recicláveis produzidos na cidade. A assinatura do termo ocorreu em Porto Alegre, no auditório da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
A prefeitura de Bento Gonçalves, na Serra, lançou ontem o edital de um projeto que é tratado como pioneiro na gestão de resíduos sólidos do País. Por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), será erguida uma usina de tratamento e eliminação de resíduos, transformando o material em energia alternativa, capaz de produzir, a cada hora, eletricidade para abastecer 2 mil casas no município. A ideia é que, até o primeiro semestre do ano que vem, a unidade já esteja em pleno funcionamento e recebendo todo os resíduos não recicláveis produzidos na cidade. A assinatura do termo ocorreu em Porto Alegre, no auditório da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Atualmente, cerca de 24% do lixo de Bento Gonçalves passa pelos processos de coleta seletiva. O restante acaba sendo levado ao aterro de Minas do Leão, em volumes que chegam a 110 toneladas por dia. Com a mudança, essa logística de transporte e descarte seria eliminada - o que, nos cálculos da prefeitura, pode gerar uma economia de até R$ 8 milhões anuais.
A tecnologia prevista no projeto é a pirólise, um processo de decomposição termoquímica que não envolve oxigênio e, portanto, não gera gases contaminantes. Os rejeitos são colocados em um tambor, que é, então, aquecido - e o resultado final, o chamado gás de síntese, alimentará geradores conectados à rede elétrica municipal. Há, também, um resíduo de biomassa carbonizada, chamado biochar, que passará por testes para determinar seu possível uso como fertilizante agrícola.
"A ideia é equacionar toda a cadeia do lixo sem deixar resquícios ao final e mantendo os processos de coleta seletiva dentro do modelo de negócio", acentua João Carlos de Almeida Coelho, consultor independente de engenharia da Planex, empresa que ganhou o concurso público para desenvolver o projeto. Segundo ele, a planta funcionará no mesmo terreno onde hoje está a estação de transbordo do município, com o emprego de 60 a 80 pessoas na triagem e no operacional. A expectativa é que a eletricidade gerada atenda toda a necessidade energética da cidade.
Guilherme Pasin, prefeito de Bento Gonçalves, descreve o edital como "inovador por essência" e garante que as famílias envolvidas com as sete associações de reciclagem do município terão prioridade para o setor de triagem da planta industrial. "Muitos cooperativados, hoje, não chegam ao salário-mínimo no final do mês. Obviamente que todas as associações que quiserem seguir no modelo atual vão poder continuar trabalhando. Mas, se quiserem dar um avanço, serão as primeiras a serem convidadas para esse projeto, com carteira assinada e garantias de dignidade."
Agora, as empresas interessadas terão 45 dias para apresentarem suas propostas, com conclusão da obra no prazo de um ano, a partir do anúncio da escolhida. Nos termos do edital, o grupo vencedor se encarregará da construção e poderá administrar o local por 35 anos. Após, o patrimônio será incorporado pela prefeitura.
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