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DE FRENTE PARA O GUAÍBA

- Publicada em 27 de Julho de 2018 às 01:00

O Guaíba visto do alto

Reportagem mostra as belezas e dificuldades de acesso em pontos altos da cidade, caso do Morro da Glória

Reportagem mostra as belezas e dificuldades de acesso em pontos altos da cidade, caso do Morro da Glória


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O turista que chega a Porto Alegre pelo Centro pode ter a impressão de que, salvo uma ou outra ladeira um pouco mais íngreme, a cidade é completamente plana. Mas basta percorrer alguns quilômetros para perceber que não é bem assim. A capital gaúcha é permeada por nada menos do que 44 morros, grande parte deles com mais de 200 metros de altura. Lá do alto, é possível ter uma visão privilegiada do pôr do sol do Guaíba, tradicional cartão postal da cidade. 
O turista que chega a Porto Alegre pelo Centro pode ter a impressão de que, salvo uma ou outra ladeira um pouco mais íngreme, a cidade é completamente plana. Mas basta percorrer alguns quilômetros para perceber que não é bem assim. A capital gaúcha é permeada por nada menos do que 44 morros, grande parte deles com mais de 200 metros de altura. Lá do alto, é possível ter uma visão privilegiada do pôr do sol do Guaíba, tradicional cartão postal da cidade. 
Apesar disso, essas áreas são ignoradas pelos turistas que passam pela cidade. Na verdade, nem mesmo os porto-alegrenses são frequentadores dos morros, e não é difícil entender por quê. A maioria deles só pode ser acessada de carro, já que há pouca oferta de ônibus no entorno. E, mesmo nos locais em que se chega com relativa facilidade, a sensação de segurança é quase nula.

Paisagem é deslumbrante, mas regiões são perigosas e de difícil acesso

1. Morro São Caetano (Apamecor)
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Nas últimas semanas, a reportagem do Jornal do Comércio visitou alguns dos mais conhecidos morros de Porto Alegre. O primeiro deles foi o São Caetano, também chamado de Apamecor, em alusão à Associação de Pais e Mestres do Colégio Marista Rosário, cuja sede fica no cume - uma realidade comum a outras áreas da cidade, como o Morro do Sabiá, propriedade do Colégio Anchieta, ou o Santana, utilizado para atividades educacionais da Ufrgs. Casas bonitas e muito verde compõem a paisagem até chegar lá em cima. Apesar da calmaria a 279 metros de altura, é difícil relaxar no Morro da Apamecor, considerando os frequentes relatos de assaltos na região.
2. Morro da Pedra Redonda
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Deixando o bairro Teresópolis, a próxima parada é Belém Velho, ainda na Zona Sul. O caminho até o Morro da Pedra Redonda revela uma Porto Alegre rural, alheia aos arranha-céus e automóveis comuns a qualquer metrópole. A 260 metros de altitude, localiza-se o moderno Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus. Aberto ao público diariamente e com câmeras de vigilância instaladas, o lugar tem uma vista de quase 360 graus, permitindo ver o Guaíba e até mesmo os municípios mais próximos da Capital. Mas nem tudo são flores: se não for de carro, é difícil acessar o local. As melhores opções são o roteiro Zona Sul do ônibus Linha Turismo (ainda assim, não é possível desembarcar no local) e o passeio Caminhos Rurais.
3. Morro da Glória
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Morro da Glória, da Polícia ou da Embratel. O excesso de nomes pode confundir, mas não há morador de Porto Alegre que não conheça, pelo menos de ouvir falar, "o morro das antenas" de TV, rádio e telefonia móvel localizado na Zona Leste. O acesso se dá por uma estrada de chão batido. No alto de seus 287 metros, o morro proporciona uma vista extraordinária, equivalente às dificuldades de se chegar até lá.
4. Morro Santa Tereza
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Também conhecido por abrigar sedes e torres de emissoras de comunicação, o Morro Santa Tereza fica na Zona Sul, mas em uma área mais central. Possui uma estrutura razoável, com direito a pracinha e linhas de transporte público ao lado do mirante, situado a 132 metros de altura e muito próximo do Guaíba. Seria perfeito para um chimarrão ao pôr do sol, não estivesse tão abandonado - conhecido como um ponto de tráfico, o local vive repleto de lixo acumulado no chão. Um claro exemplo de potencial turístico desperdiçado.
5. Morro do Osso
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Há, entretanto, bons exemplos de como esse potencial pode ser aproveitado, e sem afetar a natureza. Em Ipanema, na Zona Sul, o Parque Natural do Morro do Osso é uma unidade de conservação ambiental aberta a toda a população. Os passeios guiados são voltados para instituições de ensino e pesquisa, mas qualquer pessoa pode visitar o local. Uma breve trilha antecede a impressionante visão do Guaíba que se tem ao chegar no platô, localizado a 143 metros de altura.
Deve ir pelo mesmo caminho o São Pedro, morro em Belém Novo que se tornou unidade de conservação em 2014, mas ainda sem uma infraestrutura para receber turistas. Assim como o Morro do Osso e o Morro da Tapera (área do bairro Campo Novo muito utilizada para a prática de esportes radicais), ele será tema de reportagem da seção De Frente para o Guaíba futuramente.

Smams pretende qualificar unidades de conservação

Assessora de Unidades de Conservação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), a bióloga Márcia Correa diz que há planos para qualificar a área do Morro do Osso. "A ideia é colocar bloquetes ecológicos na entrada, reformar o centro de visitantes e construir uma área de serviço com vestiário e para guardar material", explica.
Um dos problemas para os eventuais visitantes é o acesso. Hoje, o transporte público só chega até a Avenida da Cavalhada. Dali, é preciso andar cerca de dois quilômetros até a sede, na rua Irmã Jacomina Veronese. "Também já foi levantada essa dificuldade. O ideal é que pelo menos uma linha de ônibus fosse disponibilizada, mas não há previsão", afirma.
Segundo Márcia, a intenção é criar uma estrutura semelhante no São Pedro, implementando projetos ambientais. Mas, para isso, é preciso vencer trâmites burocráticos e a escassez de recursos.