Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Geral

- Publicada em 11 de Julho de 2018 às 09:25

Conselho de Medicina define que Ozonioterapia só pode ser usada em caráter experimental

Com a decisão, os médicos só poderão realizar esse tipo de procedimento em estudos

Com a decisão, os médicos só poderão realizar esse tipo de procedimento em estudos


MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
Agência Estado
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou na terça-feira (10) uma resolução que define a ozonioterapia como um procedimento que só pode ser realizado em caráter experimental. Com a decisão, os médicos só poderão realizar esse tipo de técnica em estudos, sob os critérios definidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou na terça-feira (10) uma resolução que define a ozonioterapia como um procedimento que só pode ser realizado em caráter experimental. Com a decisão, os médicos só poderão realizar esse tipo de técnica em estudos, sob os critérios definidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
A ozonioterapia consiste na aplicação de uma mistura de oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, com indicação para tratamento de problemas circulatórios, doenças causadas por vírus, feridas infeccionadas, terapia complementar para diversos tipos de câncer e diversas outras aplicações. Para o CFM, porém, a técnica não tem fundamentação científica.
A resolução foi publicada pelo CFM dois dias depois da veiculação de uma reportagem sobre a ozonioterapia no programa Fantástico, da TV Globo. Segundo o documento, porém, a resolução se baseia em decisão tomada em plenária no dia 20 de abril, que aprovou o parecer 9/2018, assinado no dia anterior, sobre um pedido de análise de evidências científicas da utilização clínica da técnica pleiteado pela Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz).
No parecer, o CFM conclui que "este procedimento é experimental devido à falta de evidências científicas baseada na revisão sistemática da literatura para o seu uso na prática clínica" e que "há elevado grau de incerteza quanto à eficácia do procedimento".
O parecer conclui ainda que "há ausência de benefícios nos prováveis efeitos da sua utilização clínica quando comparada aos tratamentos já consagrados em uso" e que há "evidência de estimativa de dano aos pacientes submetidos à ozonioterapia". Com base nesse parecer, a nova resolução do CFM considera a ozonioterapia como procedimento experimental para a prática médica, "só podendo ser realizada sob protocolos clínicos de acordo com as normas do sistema Conep, em instituições devidamente credenciadas".
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO