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Clima

- Publicada em 13 de Junho de 2018 às 01:00

Tornados causam duas mortes e destruição

Em Bento Gonçalves, danos em escola forçaram cancelamento das aulas

Em Bento Gonçalves, danos em escola forçaram cancelamento das aulas


PREFEITURA BENTO GONÇALVES/DIVULGAÇÃO/JC
O Rio Grande do Sul ainda contabiliza as perdas humanas e materiais causadas pelos tornados da madrugada de ontem. De acordo com a Defesa Civil do Estado, as fortes chuvas, os ventos acima dos 100km/h e a queda de granizo deixaram marcas de destruição em pelo menos 24 municípios nas regiões do Planalto, da Serra e do Norte do Estado. Foram confirmadas duas mortes, nas cidades de Ciríaco e Sarandi.
O Rio Grande do Sul ainda contabiliza as perdas humanas e materiais causadas pelos tornados da madrugada de ontem. De acordo com a Defesa Civil do Estado, as fortes chuvas, os ventos acima dos 100km/h e a queda de granizo deixaram marcas de destruição em pelo menos 24 municípios nas regiões do Planalto, da Serra e do Norte do Estado. Foram confirmadas duas mortes, nas cidades de Ciríaco e Sarandi.
O último informe da Defesa Civil dava conta de 2.630 residências atingidas em 24 municípios, com dez famílias desabrigadas e 22 desalojadas. Santa Bárbara tem a situação mais grave, com 600 casas danificadas, 11 famílias desalojadas e nove desabrigadas.
Em Giruá, 600 residências sofreram danos, enquanto Porto Xavier sofre com cerca de 500 residências atingidas e dez famílias desalojadas. Neste município, populares registraram a queda de grandes pedras de granizo, do tamanho de laranjas. Há pessoas fora de casa também em Araricá, Salvador do Sul e Bento Gonçalves, onde 80 edificações foram atingidas. Duas escolas da cidade sofreram danos, e uma delas, a Escola Municipal Infantil Criança Feliz, teve que suspender as aulas. Em Coxilha, dois caminhões tombaram na beira da estrada e um terceiro foi arrastado pelo meio do campo após ser arremessado a dezenas de metros da rodovia.
Além disso, há árvores e postes caídos em diversos municípios, além de danos a equipamentos de distribuição, causados por descargas elétricas. Na área da RGE, 30 mil clientes seguiam desabastecidos, enquanto a RGE Sul tinha registro de 31 mil pontos sem luz. O maior volume de problemas foi verificado nas regiões Metropolitana e Central, e nos vales do Rio Pardo e Taquari. Já a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) registrava, até o final da tarde, 4.750 clientes sem energia, em especial no Litoral Norte e nos municípios de Camaquã, Canguçu e Eldorado do Sul.
A MetSul Meteorologia confirmou ontem que múltiplos tornados atingiram diferentes pontos do Norte gaúcho. Como muitos estragos aconteceram em zonas rurais, ainda havia incerteza sobre a real extensão dos danos. Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Alexandre Martins de Lima, um alerta foi emitido horas antes do período mais severo de chuva e vento, garantindo que órgãos municipais e estaduais pudessem começar os esforços de auxílio com rapidez.
"Nessa primeira fase, estamos preocupados com a vida e fazendo levantamento de danos, para saber o que é necessário em cada região e fazer os repasses", explica Lima. Além do primeiro socorro às vítimas, foi feita a distribuição de lonas, deixadas de prontidão com a iminência do mau tempo. Até o início da noite de ontem, nenhum município havia formalizado solicitação de situação de emergência.
O governador José Ivo Sartori declarou que a extensão do fenômeno climático foi, "infelizmente, maior do que se esperava e do que se vinha alertando". Para diminuir o impacto sobre as famílias atingidas, Sartori reforça a necessidade de gestos de solidariedade, incluindo o reforço nas doações para a Campanha do Agasalho, já que muitas pessoas estão sem roupas e cobertores, e a previsão, para os próximos dias, é de frio severo no Rio Grande do Sul. Doações de alimentos e agasalhos podem ser feitas na rede de distribuição de cada município.
 

Após passagem de temporal, gaúchos vão encarar frio e temperaturas abaixo de zero

Choveu muito forte em Porto Alegre entre a madrugada e a manhã de ontem, causando alagamentos em várias ruas. Segundo o sistema Metroclima, da prefeitura da Capital, a chuva acumulada chegou a 50 milímetros em determinados pontos, quase 40% da média histórica do mês, de 132,7 milímetros. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) registrou acúmulo de água em pontos das avenidas Sertório, João Pessoa e Juca Batista, e dois pontos (na avenida Heitor Vieira e na rua Abílio Azambuja) chegaram a ter bloqueio total durante parte da manhã, após queda de árvores.
A chuva vai deixando o Estado a partir de hoje, mas isso não significa que os problemas com o clima chegaram ao fim. De acordo com o Climatempo, não está descartada a ocorrência de mais vento forte em áreas do Litoral e da Serra. As rajadas serão provocadas por um ciclone extratropical, que deve se aproximar da costa gaúcha durante o dia de hoje. Ventos de até 100km/h podem ser verificados no período.
Depois da instabilidade, os gaúchos podem se preparar para enfrentar uma nova onda de frio. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a chegada de uma intensa massa de ar polar vai fazer com que as temperaturas desabem no Sul do Brasil, com mínimas em torno dos 6 graus para hoje. Mas é só o começo: entre quinta-feira e sábado está prevista ocorrência de geada em todo o Estado, com mínimas abaixo de zero no período. Para Porto Alegre, a previsão para hoje é de tempo parcialmente nublado, com névoa úmida pela manhã e termômetros oscilando entre 11 e 18 graus.