"Tá tudo tranquilo, tá tudo tranquilo", reforçou na tarde deste domingo (10) o gerente de serviços e operações da Pontifícia Universidade Católica do Rs (Pucrs), Adelmo Germano Etges, após acompanhar a Polícia Civil e peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) ao prédio 40 no campus em Porto Alegre. Um pouco antes das 13h, o prédio teve de ser evacuado após o susto que parte dos candidatos à prova da OAB levou ao ouvir o estalo gerado pela quebra do revestimento cerâmico do piso no sétimo andar.
"Isso causou um susto em muita gente", atribuiu Etges. "Este é o prédio mais forte da Pucrs", disse Etges, afastando riscos e negando qualquer registro de rachaduras e outros problemas. O prédio 40 foi erguido e 1991. As primeiras informações que foram emitidas em redes sociais - por muitos que estavam no local e não puderam fazer a prova - suspeitavam de uma rachadura.
Os Bombeiros também afastaram dano maior, mas isolaram o sétimo andar que foi periciado e será alvo de um laudo técnico. Apenas o sétimo andar ficará interditado para atividades a partir desta segunda-feira (11), enquanto é feito a verificação do dano, informou Etges.
A Pucrs emitiu nota oficial duas horas após o ocorrido, explicando o fato. "Devido à variação de temperatura, o revestimento cerâmico do piso quebrou em uma pequena área, de aproximadamente de três metros quadrados, no corredor do sétimo andar do prédio 40, diz o comunicado. Além disso, a universidade informou que "por segurança dos candidatos, o prédio foi evacuado prontamente pelo Corpo de Bombeiros Não houve feridos", completou.
Área no térreo de acesso ao prédio 40 foi isolada para trabalhos da perícia. Foto: Marcelo G. Ribeiro/JC
A Polícia Civil foi ao local porque teria recebido informação de que teria havido feridos, mas deixou o prédio descartando que alguém pudesse ter se machucado. A situação causou o cancelamento da prova na Capital para os 934 inscritos que compareceram. Não há data ainda da nova aplicação, segundo informa da OAB nacional, responsável pelo processo. Os demais locais com o concurso foram mantidos. É a segunda vez que ocorre adiamento. A primeira vez foi em 27 de maio, mas em todo o país, devido à greve dos caminhoneiros.
Durante a tarde, a comissão da prova, que reúne OAB e Fundação Getúlio Vargas (FGV), reuniu os cadernos que não chegaram a ser abertos. Segundo um membro da coordenação estadual, 10 minutos antes de começar a prova, marcada para as 13h, foi ouvido um grande estalo, que gerou saída e até pânico no local, segundo relatos.