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Geral

- Publicada em 07 de Junho de 2018 às 22:43

Bloqueio de rua prejudica comércio no Centro Histórico de Porto Alegre

Trânsito em parte da Riachuelo está bloqueado desde último dia 25

Trânsito em parte da Riachuelo está bloqueado desde último dia 25


CLAITON DORNELLES /JC
Igor Natusch
Há cerca de duas semanas, o bloqueio parcial das ruas Riachuelo e Marechal Floriano, no Centro de Porto Alegre, tem causado transtornos não apenas ao trânsito, mas a comerciantes que dependem da circulação de pessoas e veículos para garantir a féria do dia. O fechamento do trecho foi causado pela situação precária de um imóvel no número 1.468 da Riachuelo, conhecido como Casa Azul e que está prestes a desabar. Nesta semana, comerciantes se reuniram com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), mas o encontro não trouxe maiores definições. No momento, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) cogita uma ação de expropriação, retirando a posse dos atuais proprietários.
Há cerca de duas semanas, o bloqueio parcial das ruas Riachuelo e Marechal Floriano, no Centro de Porto Alegre, tem causado transtornos não apenas ao trânsito, mas a comerciantes que dependem da circulação de pessoas e veículos para garantir a féria do dia. O fechamento do trecho foi causado pela situação precária de um imóvel no número 1.468 da Riachuelo, conhecido como Casa Azul e que está prestes a desabar. Nesta semana, comerciantes se reuniram com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), mas o encontro não trouxe maiores definições. No momento, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) cogita uma ação de expropriação, retirando a posse dos atuais proprietários.
Jair Vieira Fagundes - que toca, há 41 anos, a Flamazul, loja especializada na venda de peças e no conserto de fogões - diz que o bloqueio da via impactou em, pelo menos, 30% os lucros do seu negócio. "A Riachuelo é uma rua que tem sempre movimento, e esse bloqueio atrapalhou muito. Está horrível. Só vem o pessoal (da prefeitura) aqui, tiram umas fotos, mas não resolvem nada. A única solução é desmanchar isso aí (o prédio interditado), senão vamos ficar nessa lenga-lenga", reclama.
As reclamações de Luís Carlos Vieira Calisto Júnior, proprietário do Restaurante Martinelli, são semelhantes. Segundo ele, a interrupção no trânsito coincidiu com os reflexos da paralisação dos caminhoneiros, no final de maio, o que piorou a situação do seu negócio, também localizado na Riachuelo. "Tínhamos uma média de 170 ou 180 almoços servidos por dia, e esse número caiu para 120 ou menos. Isso dá, pelo menos, uns R$ 600,00 a menos por dia", lamenta.
Júnior, como é conhecido, reclama a falta de contato da prefeitura, que não ofereceu nenhuma previsão de reabertura da via ou de solução quanto ao imóvel ameaçado. "Simplesmente chegaram sábado de manhã cedo, bloquearam as ruas e foram embora. Só deixaram os azuizinhos, multando quem estaciona na rua (fechada)", protesta. De fato, alguns veículos estavam estacionados no trecho sem movimento da Riachuelo, e a reportagem do Jornal do Comércio constatou, pelo menos, um motociclista passando por cima da calçada, desviando dos pedestres, para escapar do bloqueio.
Procurada pela reportagem, a PGM diz que a reabertura está condicionada a medidas emergenciais de manutenção, que devem ser adotadas pelos proprietários do edifício. Essas medidas, alega o órgão, já foram bancadas duas vezes pela prefeitura de Porto Alegre, em 2010 e 2012, mesmo que não fosse responsabilidade legal do Executivo municipal. O local é catalogado pelo patrimônio histórico como Imóvel Inventariado de Estruturação, o que impede a demolição ou a mutilação de suas características. Como está inventariado, a PGM defende que a responsabilidade de manutenção do bem é dos herdeiros de Emílio Granata, o proprietário original - argumento que foi aceito na sentença mais recente sobre o caso, de 2016.
Além da expropriação, que não implica em pagamento de indenização aos que perdem a posse, outra hipótese cogitada pela prefeitura é a arrecadação. No caso, o imóvel é dado como abandonado e incorporado ao patrimônio do município. A indefinição, porém, prossegue, e não existe previsão para que o trânsito seja normalizado na região.
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